quinta-feira, 3 de março de 2016

ANDANDO NA SOMBRA DE D’US - SHABAT SHALOM M@IL - PARASHAT VAYAKEL 5776

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ANDANDO NA SOMBRA DE D'US - PARASHAT VAYAKEL 5776 (04 de março de 2016)

"Joel estava insatisfeito com seu estilo de vida. A pressão do dia a dia estava deixando-o completamente louco. Trabalhava demais, descansava pouco, não fazia exercícios. Decidiu que precisava parar um pouco, precisava de umas boas férias. Como queria se isolar e fugir da civilização, pegou seu jipe, preparou provisões para alguns dias de viagem e foi se aventurar em trilhas e locais pouco habitados.
 
Em certo momento ele se desconcentrou do caminho e acabou se perdendo. Sem nenhum mapa, foi seguindo durante horas por estradas de terra, até que chegou a uma tribo indígena que praticamente nunca tinha entrado em contato com a civilização. Quando os índios viram Joel chegando com seu jipe, acharam que era um deus montado sobre um monstro. A tribo toda correu para se curvar diante daquele deus poderoso. Joel foi recebido com honras, ganhou casa e comida, e decidiu que não voltaria mais para sua vida na civilização. Deu de presente o "mostro" para os índios mais jovens da tribo, que ficavam se divertindo o dia inteiro, passeando sobre o "monstro" de um lado para o outro. Joel ensinou a eles que, no momento em que o "monstro" morresse, bastava pegar a "poção mágica" que estava no porta-malas e colocar na "boca" do "monstro" para que ele milagrosamente voltasse à vida.
 
E assim realmente aconteceu. Após algum tempo, quando o combustível acabou, os índios viram que o "monstro" havia morrido, pois não se movia mais. Eles então se lembraram das instruções de Joel, abriram o porta-malas e pegaram o recipiente com a "poção mágica". Porém, quando abriram a tampa, veio aquele cheiro forte de gasolina. Os índios acharam que o líquido havia apodrecido. Jogaram fora aquele líquido fedido, foram até o rio, encheram o recipiente com água limpa e cristalina e colocaram na "boca" do "monstro". Obviamente o "monstro" nunca mais voltou à vida...
 
É interessante que damos risada desta história, mas na vida real nos comportamos exatamente como estes índios. Da mesma forma que os índios não conhecem nada sobre mecânica de automóveis, mas mesmo assim acharam que podiam tomar decisões sozinhos, nós também não conhecemos nada sobre o mundo espiritual, porém acabamos tomando decisões espirituais sozinhos, como se fossemos grandes conhecedores, sem consultar e escutar os ensinamentos e conselhos de rabinos com maior conhecimento. 

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Na Parashat desta semana, Vayakel (que literalmente significa "E reuniu"), a Torá novamente fala sobre a construção do Mishkan (Templo Móvel) e seus utensílios. Mas diferente da Parashá Terumá, que trouxe apenas os comandos de D'us a Moshé, esta Parashá descreve a construção na prática. Betzalel foi o escolhido para a construção do Mishkan e coordenou todos os serviços construtivos com perfeição, como está escrito: "E Betzalel ben Uri ben Hur, da Tribo de Yehudá, fez tudo o que D'us comandou a Moshé" (Shemot 38:22).
 
Porém, a linguagem utilizada neste versículo chama a atenção por um pequeno detalhe. Por que está escrito que Betzalel fez "o que D'us comandou a Moshé", e não "o que Moshé comandou a ele"? Responde Rashi (França, 1040 - 1105) que mesmo nas coisas que Moshé não falou para Betzalel, o ponto de vista de Betzalel estava de acordo com o que D'us havia revelado para Moshé no Monte Sinai. Rashi explica que Moshé havia entendido que a ordem da construção deveria ser os utensílios em primeiro lugar e somente depois o Mishkan, mas Betzalel falou que deveria ser o contrário, primeiro o Mishkan e somente depois os utensílios. Quando Moshé escutou as palavras de Betzalel, ele exclamou: "Exatamente assim como você disse eu escutei de D'us. Agora eu sei porque seu nome é Betzalel. Você esteve na sombra de D'us!" (O nome Betzalel vem das palavras "Betzel" (na sombra) e "E-l" (o Nome de D'us)). Isto significa que Betzalel havia usado seu intelecto e seus conhecimentos de Torá de uma maneira tão profunda que havia entendido exatamente como D'us havia planejando a construção do Mishkan. Betzalel havia atingido o nível de "Daat Torá", traduzido como "Conhecimento da Torá". Porém, a linguagem "Daat" significa mais do que apenas conhecimento. "Daat" também significa "conexão". Isto significa que alguém que alcança o nível de "Daat Torá" não apenas conhece a Torá, mas se conecta com a Torá de maneira que a Torá vira parte da sua forma de pensar e agir.
 
Ensinam os nossos sábios: "Faça para você um rabino e adquira um amigo" (Pirkei Avót 1:6). O Pirkei Avót está nos explicando que, não importa o quão estudado ou quão grande e maduro seja uma pessoa, ela não pode viver uma vida de forma realmente produtiva e efetiva estando sozinha, sem ter alguém com quem se aconselhar. Para um completo e saudável desenvolvimento, a pessoa precisa destes dois tipos de relacionamento: ter um amigo e fazer um rabino.
 
Fazer um rabino significa confiar em alguém a ponto de anular sua própria opinião diante da opinião de outra pessoa. E isto é baseado no fato de que fazer uma pergunta a alguém com "Daat Torá" não significa perguntar a opinião pessoal do rabino, e sim qual é a opinião da Torá, para saber qual é a vontade de D'us neste assunto. Nos círculos mais religiosos, é muito comum as pessoas fazerem perguntas a grandes rabinos em uma ampla variedade de assuntos, que nem sempre estão relacionadas ao cumprimento de Mitzvót. Por que as pessoas confiam em rabinos para pedir conselhos em áreas que aparentemente elas sabem mais do que os próprios rabinos?
 
Uma das chaves para responder esta pergunta é a própria história de Purim. O Talmud (Meguilá 12b) nos ensina que houve uma disputa entre Mordechai, o líder espiritual do povo judeu no exílio, e o resto do povo. Achashverosh, o malvado rei Persa, convidou o povo judeu, junto com outras nações, para seu grandioso banquete. Os judeus sentiram que deveriam ir por motivos políticos, pois achavam que caso recusassem, estariam insultando Achashverosh e teriam que enfrentar sua fúria. Porém, Mordechai, o velho e antiquado rabino, aparentemente indo contra a lógica, proibiu o povo de ir ao banquete, por toda a falta de recato e imoralidade que certamente haveria naquela festa.
 
O povo judeu não escutou as palavras de Mordechai. Argumentando que caso seguissem seus conselhos eles seriam prejudicados, os judeus foram ao banquete. E eis que realmente isto trouxe certa prosperidade ao povo judeu por algum tempo. Eles se viraram para Mordechai e disseram: "Nós estávamos certos e você estava errado. Graças a D'us que não escutamos seus conselhos". Até que Haman surgiu em cena e conseguiu muito poder. E novamente Mordechai se comportou de maneira oposta ao resto do povo. Ele não se curvava diante de Haman, deixando-o furioso. Mais uma vez os judeus se uniram contra Mordechai e disseram: "Você é um assassino! Se curve diante de Haman ou todos nós morreremos!". E eis que novamente eles estavam certos, pois motivado pelo seu ódio contra Mordechai, Haman bolou um plano maquiavélico para exterminar o povo judeu inteiro em um único dia.
 
No final das contas, quem estava certo? Mordechai, o homem velho e fora de moda, que só sabia ler livros velhos e desatualizados, ou o resto do povo, pessoas que conheciam muito bem os caminhos do mundo? De acordo com a lógica natural, o povo deveria ter se voltado contra Mordechai. Tudo o que eles haviam previsto aconteceu, eles estavam certos e Mordechai estava errado. O esperado seria uma rebelião seguida da expulsão de Mordechai. Mas, por algum motivo, eles voltaram atrás e, ao invés de expulsar Mordechai, eles disseram: "Rabino, nos diga o que fazer agora". E deste ato nasceu a salvação do povo judeu.
 
Porém, o que fez o povo voltar atrás e passar a escutar Mordechai? Explica o Rav Boruch Leff que eles se arrependeram do erro que haviam cometido e começaram a entender a importância do "Daat Torá" de Mordechai. Eles perceberam que precisavam de uma salvação milagrosa, e a única maneira para conseguir isso seria se voltar para D'us, principalmente através dos Tzadikim (Justos) que estão mais próximos Dele.
 
É somente através da lógica e dos direcionamentos da Torá que podemos trazer a salvação dos nossos problemas. Pensamos que enxergamos a realidade, mas não a vemos de verdade. O povo judeu achou que estava certo e Mordechai estava errado, mas de acordo com o Talmud (Meguilá 12a), o motivo do decreto espiritual de destruição do povo judeu, que se materializou através do plano de Haman, foi consequência do povo ter participado do banquete de Achashverosh, e não por motivos políticos. Se o povo tivesse escutado os conselhos de Mordechai desde o princípio, Haman nunca teria subido ao poder e nunca teria feito um decreto contra o povo judeu. Nossa lógica, que parece ser muito forte e bem fundamentada, é frequentemente influenciada por nossos preconceitos pessoais. Já os rabinos que atingiram um nível espiritual mais elevado, como Mordechai, que chegaram ao nível de "Daat Torá", conseguem se desvincular de seus preconceitos pessoais e podem acessar a verdadeira vontade de D'us.
 

Isto não significa que um rabino é infalível, que nunca erra. O melhor médico também está sujeito a erros, e isto não faz com que deixemos de buscar seus conselhos médicos em suas especialidades, pois seguir as orientações de um bom médico continua sendo a melhor prática na tentativa de curar doenças. D'us também quer que nos esforcemos para sempre tomar nossas decisões baseadas na vontade Dele. Ao nos aconselharmos com um rabino, apesar de serem pessoas de carne e osso, estamos fazendo a nossa parte no processo de decidir de acordo com a vontade de D'us. Não precisamos questionar os rabinos sobre o que fazer de comida no jantar ou qual cor de camiseta vestir, pois D'us nos deu um intelecto para podermos tomar decisões sozinhos. Mas quando se tratam de questões importantes, que afetam nossa vida de forma impactante, devemos pensar em termos do que D'us gostaria que fizéssemos neste momento. Por isso, fazer a pergunta a um rabino bem informado é o mais próximo que podemos chegar de perguntar algo diretamente para D'us.

SHABAT SHALOM

Rav Efraim Birbojm

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quinta-feira, 25 de fevereiro de 2016

COM O QUE UM LÍDER SE PREOCUPA - SHABAT SHALOM M@IL - PARASHAT KI TISSÁ 5776





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COM O QUE UM LÍDER SE PREOCUPA - PARASHAT KI TISSÁ 5776 (26 de janeiro de 2016) 
"O Rav Elazar Man Shach zt"l (Lituânia, 1899 - Israel, 2001), o Rosh Yeshivá (Diretor espiritual) de Ponovitch, em Bnei Brak, foi um dos maiores rabinos da geração passada. Além de ser um gigante em termos de conhecimento da Torá, estudando incessantemente e com muito fervor, ele era também uma pessoa extremamente preocupada com o bem estar do povo judeu.

Quando sua saúde começou a ficar fragilizada por causa da idade avançada, o Rav Shach se viu forçado a interromper as aulas que, por tantos e tantos anos, ele havia dado na Yeshivá. Porém, além da tristeza de não conseguir mais transmitir seus conhecimentos aos alunos, havia algo que começou a deixar o Rav Shach extremamente incomodado. Ele começou a ter dúvidas se poderia continuar recebendo seu salário e morando no apartamento que pertencia à Yeshivá, já que não estava mais conseguindo exercer as suas funções de Rosh Yeshivá. Extremamente preocupado com a situação, ele foi procurar o Rav Yossef Shalom Elyashiv zt"l (Lituânia, 1910 – Israel, 2012), que na época já era um dos maiores "Poskim" (legisladores) da geração. O Rav Shach contou ao Rav Eliashiv suas preocupações e acrescentou:

- Logo eu terei que me apresentar diante do Tribunal Celestial. Eu não quero receber nada que não me pertence, pois sei que serei severamente cobrado por isso.

- Não se preocupe – respondeu o Rav Eliashiv, após pensar por alguns instantes – A Yeshivá ainda precisa muito de você. O simples fato de você ainda estar aqui, de ser visto pelos alunos e pelos rabinos da Yeshivá, já é uma enorme fonte de inspiração para eles.

O Rav Shach ainda não estava satisfeito com a resposta do Rav Eliashiv. Ele questionou novamente:

- Desculpe, mas você está me dando sua opinião ou isto é um "Psak Halachá" (uma determinação legal)?

- É um "Psak Halachá" – respondeu o Rav Eliashiv - Você não pode ir embora. A Yeshivá e o povo judeu ainda precisam muito de você e de seus exemplos"

O mais impressionante é perceber que o Rav Shach não estava preocupado se seria despejado do seu apartamento em uma idade avançada ou se ficaria sem seu salário e não teria como se sustentar em sua velhice. Ele estava preocupado apenas com o bem estar do povo judeu. Após servir a Yeshivá por décadas, entregando-se de corpo e alma ao seu trabalho, ele achava que caso não pudesse mais contribuir com nada, que seria melhor para a Yeshivá que ele fosse embora. Estes são os verdadeiros líderes do povo judeu, cujo bem estar do povo vem antes de suas próprias necessidades pessoais. 
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Nesta semana lemos a Parashat Ki Tissá (que literalmente significa "Quando você fizer o levantamento"). A Parashat começa com a contagem do povo judeu através da doação de meio Shekel de prata cada um. A Parashat também descreve alguns utensílios e serviços feitos no Mishkan, como o "Ketoret", o incenso que era queimado no Mizbeach Hazahav (Altar de ouro), como está escrito: "E disse D'us para Moshé: Pegue para você especiarias..." (Shemot 30:34).

Mas se prestarmos atenção nestas palavras do versículo que descrevem o Ketoret, surge um grande questionamento. Por que a Torá utiliza a linguagem "pegue para você"? Por acaso o Ketoret era algo pessoal para Moshé? Ele era alguém egoísta, que buscava honras, prestígio e benefícios pessoais através da sua liderança sobre o povo?

Para entendermos estas palavras do versículo, precisamos nos aprofundar um pouco mais na Parashat Korach. Korach, movido pela inveja, conseguiu convencer um grupo de pessoas da tribo de Levi a participar de uma rebelião contra seu primo Moshé, para tentar derrubá-lo do poder. Korach tentou diminuir Moshé aos olhos do povo ridicularizando seus ensinamentos. D'us castigou todo aquele grupo de rebeldes, fazendo com que alguns fossem engolidos pela terra de uma maneira completamente sobrenatural, enquanto outros fossem consumidos por um fogo Divino. Porém, a morte de Korach e seus seguidores, ao invés de tranquilizar o povo, deixou as pessoas ainda mais irritadas, por acharem que Moshé era o culpado pelas mortes. D'us então mandou uma praga que começou a dizimar o povo, como está escrito: "E Moshé disse para Aharon: "Pegue a pá de incenso, e ponha fogo do altar, e coloque nela o Ketoret, e carregue ela rapidamente para a congregação, para trazer expiação para eles, pois a fúria saiu de D'us e a praga começou. E Aharon levou, conforme Moshé disse, e correu para o meio da congregação... e a praga foi interrompida" (Bamidbar 17:11-13).

Nestes versículos há algo interessante. Não foi D'us que ordenou Moshé a utilizar o Ketoret para salvar o povo, aparentemente Moshé já tinha este conhecimento. De onde Moshé sabia que o Ketoret poderia fazer a praga parar? A resposta está em um incrível ensinamento do Talmud (Shabat 89a), que afirma que quando Moshé subiu no Monte Sinai para receber a Torá, cada anjo deu a ele um presente. Entre eles estava o anjo da morte, que presenteou Moshé Rabeinu com o segredo de como interromper uma praga mortal. E o segredo era justamente a utilização do Ketoret, o incenso que Moshé utilizou para interromper aquela praga que devastava o povo judeu.

Mas como isto explica as palavras "pegue para você" em relação ao Ketoret, como se fosse algo entregue especialmente para Moshé? Explica o Rav Arie Leib Tzintz zt"l (Polônia1833), mais conhecido como Maharal Tzintz, que Moshé vivia pelo povo judeu. A honra de ter recebido segredos diretamente dos anjos não o preenchia tanto quanto poder servir e ajudar o seu povo. Ele não estava preocupado com a sua honra nem com os presentes que havia recebido dos anjos, e sim em como ele poderia utilizar tudo em prol do povo.

De todos os presentes que Moshé recebeu dos anjos, certamente para ele o mais precioso era o presente dado pelo anjo da morte. Salvar a vida de cada judeu era o motivo de sua existência. Mesmo quando ele estava no conforto do palácio do Faraó, ele saiu de casa para sentir junto com seus irmãos os sofrimentos da escravidão. Quando viu um egípcio golpeando um judeu, imediatamente arriscou sua posição, e até mesmo sua vida, para salvar o judeu. Não havia na vida de Moshé nada mais importante do que o seu povo. Porém, o Ketoret ensinado pelo anjo da morte era um presente ainda incompleto. Embora Moshé já sabia do segredo do Ketoret, este segredo não tinha nenhum valor para ele, pois era proibido fazer o Ketoret de maneira privada.

Por isso, somente quando D'us comandou Moshé a fazer o Ketoret é que o presente ficou completo. A partir daquele momento havia permissão de usar o Ketóret e, se necessário, salvar vidas com ele. É por isso que o versículo enfatiza "Pegue para você especiarias", pois somente a partir daquele momento Moshé realmente recebeu seu maior presente: a possibilidade de salvar a vida de um judeu.

Podemos aprender dois grandes ensinamentos desta Parashat. Em primeiro lugar, o quanto os bens materiais somente nos preenchem de verdade quando utilizamos para também ajudar o próximo. Um presente recebido de maneira egoísta pode até preencher em um primeiro momento, mas depois traz um grande vazio, enquanto saber dividir o que temos com os outros traz um preenchimento verdadeiro e duradouro. Em segundo lugar, aprendemos o que é ser um líder de verdade. Infelizmente estamos acostumados com líderes egoístas, que apenas querem chegar ao poder para obter benefícios pessoais. Mesmo aqueles com boas intenções acabam se corrompendo quando alcançam o poder e o acesso à grandes quantidades de dinheiro. Mas aprendemos de Moshé o que é ser um líder verdadeiro. Alguém cuja única preocupação, acima até mesmo das preocupações pessoais, era com o bem estar do seu povo. Que Moshé seja o nosso modelo, em um mundo onde os modelos verdadeiros de honestidade e preocupação com o próximo estão cada vez mais raros.
SHABAT SHALOM

Rav Efraim Birbojm
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quinta-feira, 18 de fevereiro de 2016

AUTOESTIMA EM ALTA - SHABAT SHALOM M@IL - PARASHAT TETZAVÊ 5776





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AUTOESTIMA EM ALTA - PARASHAT TETZAVÊ 5776 (19 de janeiro de 2016) 
"A abelha estava sempre contente, voando de flor em flor e produzindo seu delicioso mel. Certa vez um grilo encontrou-a e começaram a conversar. Em certo momento, não contendo a curiosidade, o grilo perguntou:

- Senhora abelha, desculpe a invasão de privacidade, mas há algo que sempre me intrigou e eu gostaria de saber. Como você consegue ser tão feliz e estar sempre de bem com a vida? Afinal, você trabalha muito, do momento em que o sol nasce até o momento em que o sol se põe. Você voa de flor em flor, em um incansável trabalho de recolher o pólen. Você se esforça no limite das suas forças para todos os dias fabricar seu delicioso mel. Porém, depois de todo este esforço, vem o ser humano, pega o seu mel e vai embora sem nem mesmo dar satisfação. Como pode ser que, mesmo assim, você nunca tira esse sorriso do rosto?

- Vou te contar qual é a fonte da minha felicidade - respondeu a abelha, sorrindo - É verdade que eu me esforço e, depois de dias de trabalho, vêm o ser humano e leva todo o meu mel embora. Porém, há algo que ele nunca vai conseguir tirar de mim: o segredo de como se faz o delicioso mel. É por isso que eu sou tão feliz." 

Não são as circunstância da vida que determinam se vamos ser felizes ou não, e sim a consciência de como somos especiais. Ninguém pode levar embora a alegria daquele que sabe seu verdadeiro valor. 
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Nesta semana lemos a Parashat Tetzavê (que literalmente significa "Comande"), que descreve detalhes das roupas utilizadas pelos Cohanim (sacerdotes) e pelo Cohen Gadol (Sumo sacerdote). No final da Parashat também estão descritos alguns dos serviços feitos no Mishkan (Templo Móvel) como, por exemplo, o sacrifício do "Korban Tamid", que era oferecido duas vezes por dia, como está escrito: "Você deve oferecer um cordeiro de manhã, e o segundo cordeiro você deve oferecer no final da tarde" (Shemot 29:39).

Este versículo, que parece apenas um ensinamento "técnico", na verdade contém uma lição muito preciosa. Há um Midrash (parte da Torá Oral) que discute qual é o ensinamento mais importante da Torá. De acordo com o Rabi Akiva, o principal ensinamento da Torá é "Ame ao próximo como a ti mesmo" (Vayikrá 19:18). Já de acordo com outro sábio, Ben Azai, o ensinamento mais importante está contido no seguinte versículo: "Esta é a conta dos descendentes de Adam: no dia em que D'us criou o ser humano, Ele o fez à semelhança de D'us" (Bereshit 5:1). Há outro Midrash que traz uma terceira opinião, de Rabi Shimon ben Pazi, que afirma que o ensinamento mais importante da Torá é justamente o versículo trazido na nossa Parashá: "Você deve oferecer um cordeiro de manhã, e o segundo cordeiro você deve oferecer no final da tarde". Mas afinal, qual é o motivo da discussão entre os sábios da Torá? E o que cada um destes versículos têm de tão especial?

Há três tipos de relacionamentos nos quais cada ser humano deve buscar atingir a perfeição: "Bein Adam Lehaveiró" (entre a pessoa e seu companheiro), "Bein Adam LaMakom" (entre a pessoa e D'us) e "Bein Adam LeAtzmó" (entre a pessoa e ela mesma). E estas três áreas de relacionamento são tão interdependentes que, se houver deficiência em uma delas, as três acabam ficando deficientes. Mas como fazer para conseguir ser completo nestas três áreas?

Explica o Rav Yohanan Zweig que uma das características mais importantes na capacidade humana de fazer realizações e ter sucesso em qualquer empreendimento na vida é o seu grau de autoestima. A pessoa com baixa autoestima não se sente motivada a realizar nada, e acaba ficando acomodada. Portanto, a discussão que existe entre os sábios sobre qual é o ensinamento mais importante da Torá é justamente para definir no que a pessoa deve focar para que consiga desenvolver uma definição positiva de si mesma, isto é, se deve ser no seu relacionamento com o próximo, com D'us ou consigo mesma.

De acordo com o Rabi Akiva, quando a pessoa faz atos de bondade e demonstra seu amor ao próximo, ela constrói uma percepção positiva de si mesma. Quando a pessoa aprende a amar os outros, a olhar os outros de maneira positiva, a buscar sempre no outro o que ele tem de melhor, ela também acaba amando e respeitando a si mesma. Por isso ele ensina que o versículo mais importante é "Ame ao próximo como a ti mesmo"

Ben Azai discorda de Rabi Akiva, pois opina que a pessoa que tem baixa autoestima, isto é, que não ama nem a si mesma, certamente não conseguirá amar os outros. Então o que a pessoa deve fazer para apreciar a si mesma? A Torá nos ensina que D'us criou o ser humano à Sua imagem e semelhança. Um exemplo impressionante deste conceito espiritual pode ser visto no caso de uma pessoa que recebe pena de morte por alguma grave transgressão, como aquele que blasfema o nome de D'us em público. Mesmo sendo uma transgressão abominável, a Torá ordena que o corpo do blasfemador morto pelo Beit Din (Tribunal Rabínico) seja enterrado no mesmo dia em que foi executado, como está escrito: "Seu corpo não deve permanecer pendurado na forca durante a noite, ele deve ser enterrado naquele dia, pois uma pessoa pendurada é uma maldição para D'us" (Devarim 21:23). Mas o que significa que manter aquele corpo sem ser enterrado é uma maldição para D'us? Rashi (França, 1040 - 1105) explica que deixar o corpo daquele transgressor exposto durante a noite seria depreciativo com D'us, em cuja imagem e semelhança aquele homem foi criado. Isto significa que mesmo alguém tão baixo e abominável quanto um blasfemador ainda mantém em seu corpo o "selo" da imagem e semelhança com D'us. Portanto, a consciência de que o ser humano é uma criatura Divina é suficiente para que ele receba uma definição positiva de si mesmo, possibilitando que ele consiga aperfeiçoar também o seu relacionamento com as outras pessoas.

Rabi Shimon ben Pazi acha que a resposta de Ben Azai não é satisfatória, pois saber que o homem foi criado à imagem e semelhança de D'us é apenas um indicativo do potencial do ser humano. A simples consciência deste potencial não pode ser a fonte de autoestima do ser humano, pois o efeito contrário pode acontecer caso a pessoa entenda que tem um tremendo potencial, mas que na realidade ela não o está alcançando. Por isso, o Rabi Shimon ben Pazi ensina que a nossa fonte de autoestima vem de outro tipo de entendimento. Na Parashat desta semana vimos que D'us exige que O sirvamos oferecendo Korbanót duas vezes por dia. Isto significa que, apesar de D'us ser Onipotente, Ele criou um relacionamento com o povo judeu no qual nós podemos dar algo para Ele, como se pudéssemos oferecer algo que preenchesse as "necessidades" de D'us. A consciência de que a pessoa é necessária em um relacionamento é um enorme construtor de autoestima. E o impulso final na nossa autoestima vem do reconhecimento de que Aquele que "necessita" de nós é D'us. O entendimento de que temos um relacionamento com D'us e que Ele deseja que O sirvamos dá ao ser humano autoestima.

Para que o ser humano possa perceber seu incrível potencial, ele deve antes de tudo desenvolver sua autoestima. De acordo com Rabi Akiva, isto pode ser alcançado focando no relacionamento com o próximo. Ben Azai opina que o relacionamento do ser humano consigo mesmo é a chave para uma autodefinição positiva. E finalmente Rabi Shimon ben Pazi opina que a consciência do ser humano de seu relacionamento com D'us é a fundação para obter sucesso em todos os tipos de relacionamento.

Portanto, a conclusão da discussão dos nossos sábios é que na verdade os três têm razão, somente cada um deles focou em uma das nossas três áreas de relacionamento. Para chegar à perfeição não basta trabalhar em apenas uma delas, é necessário trabalhar nas três, e a chave do sucesso é ter uma boa autoestima. A pessoa que não tem uma boa autoestima não está bem com ela mesma, com os outros e nem mesmo com D'us. Acaba tornando-se alguém triste, mal humorado e acomodado espiritualmente. Já aquele que trabalha sua autoestima, que se esforça para olhar para si mesmo de uma maneira positiva, de procurar o que tem de melhor dentro de si, consegue estar bem consigo mesma, com os outros e com D'us, pois vai se transformar em uma pessoa positiva, alegre, bem humorada e com muita energia para fazer o seu trabalho espiritual.
SHABAT SHALOM

Rav Efraim Birbojm
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