sexta-feira, 8 de maio de 2015

BLOQUEANDO AS MÁS INFLUÊNCIAS - SHABAT SHALOM M@IL - PARASHÁ EMOR 5775




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BLOQUEANDO AS MÁS INFLUÊNCIAS - PARASHÁ EMOR 5775 (08 de maio de 2015)
 "O príncipe de certo reinado estava às vésperas de ser coroado rei, mas de acordo com as leis locais ele deveria ser casado para poder assumir o trono. Então ele convocou todas as moças jovens do reinado para que disputassem o cargo de futura rainha. Entre as moças que se apresentaram no palácio real estava Chana, uma jovem muito bonita mas muito pobre, que mesmo sabendo que tinha poucas chances de ser escolhida, resolveu participar da disputa. Quando Chana chegou ao palácio, lá estavam todas as mais belas moças, com as mais lindas roupas e finas joias. O príncipe então anunciou o desafio:

- Será entregue um vaso com uma semente para cada uma de vocês. Aquela que dentro de seis meses me trouxer a mais bela flor cultivada será escolhida como minha esposa e futura rainha.

Chana cuidava da sua semente com muita paciência e carinho. Mas passaram-se três meses e nada brotou. Ela tentou de tudo, usou todos os métodos que conhecia, mas nada adiantava. Ela saía na rua e via as flores das outras mulheres, crescendo e se tornando cada dia mais bonitas, e desanimava. Pensou em fazer algo desonesto e plantar outra semente, já que a sua não brotava. Porém, seus pais eram pessoas muito corretas e, ao escutarem seu plano, convenceram-na de que não valia a pena mentir, mesmo que o preço fosse perder a chance de se casar com o príncipe. Os seis meses se passaram e Chana não havia conseguido cultivar nada. Consciente do seu esforço e dedicação, mesmo sem nada para mostrar ao príncipe, ela decidiu retornar ao palácio na data e hora combinadas, levando seu pequeno vaso vazio.

Todas as pretendentes estavam lá, cada uma com uma flor mais bela do que a outra, das mais variadas formas e cores. O príncipe observava tudo com muito cuidado e atenção, e as pretendentes abriam um enorme sorriso ao mostrar, orgulhosas, suas belas flores cultivadas. Quando o príncipe viu o vaso vazio de Chana, não pôde deixar de notar a expressão de vergonha e tristeza no rosto dela. Após verificar os vasos de todas as jovens que haviam comparecido, o príncipe anunciou o resultado: Chana seria sua futura esposa. Ninguém compreendeu porque ele havia escolhido justamente aquela moça que nada havia cultivado! Então ele calmamente esclareceu:

- Em um lugar onde a mentira e a enganação estão presentes com tanta força, esta moça foi a única que cultivou a flor que a tornou digna de se tornar uma rainha: a flor da verdade. As sementes que eu entreguei para todas as mulheres eram estéreis, e não poderiam ter brotado nada..."

Estamos constantemente expostos a maus exemplos. A enganação, o roubo, a desonestidade e a traição estão cada vez mais presentes no nosso cotidiano. Temos que transformar nossas casas em verdadeiros santuários, nos quais apenas os bons valores podem entrar, para tentar nos proteger de toda esta má influência. 
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Na Parashá desta semana, Emor, a Torá nos ensina algumas leis mais rigorosas que eram aplicadas apenas aos Cohanim (sacerdotes) e ao Cohen Gadol (Sumo sacerdote), por eles terem um status espiritual mais elevado e serem os responsáveis pelos serviços do Mishkan (Templo Móvel). Existiam algumas restrições em relação a que tipo de mulheres eles poderiam se casar, e também havia restrições em relação a que grau de parentesco permitia aos Cohanim participarem de um enterro, pois quando um Cohen encostava ou ficava sob o mesmo teto que um corpo, ele se impurifica e ficava proibido por alguns dias de realizar os serviços espirituais no Mishkan, até que completasse seu processo de purificação.

A Torá define que os Cohanim tinham permissão de se impurificar apenas pelos seus parentes mais próximos, como seus pais e irmãos. Já o Cohen Gadol tinha rigorosidades ainda maiores, tanto em relação ao tipo de mulheres que poderia se casar, quanto em relação a se impurificar por um parente falecido. Por sua importância espiritual nos trabalhos do Mishkan, ele não podia se impurificar nem mesmo pelos seus pais, como está escrito: "Ele (Cohen Gadol) não deve sair do Mikdash (Santuário)" (Vayikrá 21:12). Ele não podia abandonar seus serviços no Mishkan para acompanhar um enterro, e deveria continuar normalmente seus serviços no Mishkan mesmo no caso de falecimento de parentes muito próximos.

Porém, deste versículo podemos aprender outro conceito espiritual muito importante, que nos ajuda a responder um interessante questionamento. O Talmud (Brachót 59a) nos conta a história de Yochanan, o Cohen Gadol, que serviu no Beit HaMikdash (Templo Sagrado) por 80 anos e depois acabou tornando-se um "Tzduki" (seita que acreditava apenas na Divindade da Torá escrita, mas ignorava a Torá Oral, se configurando uma das primeiras linhas "reformistas" do judaísmo, e foi responsável por afastar milhares de judeus do cumprimento das Mitzvót da Torá). Mas o Talmud (Ioma 38b) afirma que uma pessoa que já viveu a maioria dos seus anos e não transgrediu, então não vai mais transgredir. Então como pode ser que depois de 80 anos servindo como Cohen Gadol, entrando todo Yom Kipur no Kodesh HaKodashim, o lugar mais sagrado do mundo, Rabi Yohanan pôde ter caído tanto espiritualmente? Além disso, nossos sábios ensinam: "As transgressões não alcançam aqueles que trazem méritos para a comunidade" (Pirkei Avót 5:18). Se durante toda sua vida o Rabi Yohanan ocupou um cargo que trazia muitos méritos para todo o povo judeu, então como no final da vida ele se tornou um "Tzduki"?

Responde o Rav Ytzchak Zilberstein shlita que podemos aprender muitas lições espirituais prestando atenção no que ocorre no mundo material. Por exemplo, existem muitos remédios no mundo que curam alguns tipos específicos de doença. Porém, quando uma doença se espalha de maneira muito forte e descontrolada, transformando-se em uma epidemia, o ar ficar completamente contaminado com o vírus da doença. Nesta situação crítica, mesmo as pessoas mais saudáveis podem acabar se contaminando. Assim também ocorre espiritualmente, pois mesmo as pessoas mais elevadas espiritualmente podem se "contaminar" com "doenças espirituais contagiosas" que existem no ar. Foi exatamente o que ocorreu com Yohanan Cohen Gadol. Em sua geração a força dos Tzdukim era tão grande que até mesmo alguém elevado espiritualmente como ele acabou caindo na armadilha do Yetzer Hará (má inclinação). Os méritos citados pelo Talmud e pelo Pirkei Avót realmente funcionam para proteger a pessoa, mas quando as influências espirituais negativas são muito fortes e constantes, então estes méritos não são suficientes para bloquear completamente os efeitos negativos.

Atualmente não temos mais os Tzdukim nos ameaçando espiritualmente, mas infelizmente vivemos em uma sociedade onde valores como honestidade e integridade são cada vez mais raros. Nos noticiários somos bombardeados com notícias de fraudes, desvios, traições e divórcios. Isto nos faz perder a nossa sensibilidade, e cada vez ficamos menos chocados ao ver injustiças e roubos. Desvios de conduta que há até pouco tempo eram considerados abomináveis acabam se tornando aceitáveis. Então como fazer para nos proteger e não nos acostumarmos com o que é errado?

Explica o Rav Ytzchak Zilberstein shlita que a resposta está nas palavras do versículo "Ele não deve sair do Santuário". Não é um ensinamento apenas para o Cohen Gadol, mas para cada judeu. Apesar de o mundo estar repleto de más influências, existe um lugar onde podemos ficar imunes e protegidos: no Beit-Midrash, o local de estudo de Torá. Lá podemos receber boas influências, podemos crescer espiritualmente e bloquear tudo o que nos derruba espiritualmente, como ensinam os nossos sábios: "Se este pilantra (Yetzer Hará) aparecer, arraste-o para o Beit-Midrash. Se for pedra ele derreterá, e se for metal ele explodirá".

Mais do que isso, precisamos também transformar nossas casas em Santuários. Precisamos tomar muito cuidado com o que permitimos que entre em nossas casas, pois tudo pode afetar nossa espiritualidade. Atualmente os programas de televisão abusam da violência e da pornografia. Os jornais repetem o dia inteiro os casos de roubos e corrupção. Sem um bloqueio consciente das informações que entram em nossas casas, estamos sujeitos a destruir nossa sensibilidade espiritual.

Quando chegarmos ao nosso Julgamento Celestial, uma das primeiras perguntas que teremos que responder será: "Você fixou tempos diários para o seu estudo de Torá?". D'us não vai nos questionar por que não passamos o dia inteiro imersos na Torá, mas Ele questionará se tivemos a claridade de que há um propósito espiritual na vida. Sofremos influências negativas o tempo inteiro, e a nossa ida diária ao Beit-Midrash se torna fundamental em nossa purificação. Não apenas pelo estudo da Torá por si só, mas também pela influência positiva que o Beit-Midrash traz sobre cada judeu que decide se abrigar ali contra as más influências.

SHABAT SHALOM
 Rav Efraim Birbojm
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sexta-feira, 1 de maio de 2015

CONTINUE ANDANDO - SHABAT SHALOM M@IL - PARASHIÓT ACHAREI MÓT E KEDOSHIM 5775 

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CONTINUE ANDANDO - PARASHIÓT ACHAREI MÓT E KEDOSHIM 5775 (01 de maio de 2015)

"Nas Olimpíadas de 1992, em Barcelona, os corredores estavam preparados para a largada da semifinal da prova de 400 metros rasos masculina. Entre eles estava um jovem inglês, Derek Redmond, um dos favoritos para a grande final. Quando foi dada a largada, os competidores começaram a disputa de forma acirrada, cada um no limite do seu esforço físico. Derek estava bem na corrida, e vinha com boas chances de classificação. Eram segundos decisivos na vida daqueles que haviam treinado e se preparado tanto, e estavam ali para fazer valer o esforço de uma vida de dedicação.

 
Derek Redmond tinha um motivo a mais para querer a vitória. Quatro anos antes, nas Olimpíadas de Seul, ele havia passado por cinco operações em ambos os tendões. Após muito esforço, ele havia conseguido se recuperar e participar daquela olimpíada. Porém, no meio da corrida, seu tendão direito se rompeu. Derek foi ao chão, sentindo muita dor. Era o fim do sonho, e agora restavam apenas a tristeza e a dor. As câmeras não focalizaram Derek caído, e sim o campeão Steve Lewis, que havia completado a prova em 44s50. 

Mas Derek Redmond não desistiu. Determinado a concluir a prova, ele se levantou com muita dificuldade e, saltando com apenas uma das pernas, retomou a corrida, obviamente sem a menor chance de classificação. Foi quando seu pai, Jim Redmond, de 49 anos de idade, desceu a arquibancada, escalou a cerca de proteção e saltou para a pista antes que qualquer fiscal pudesse impedi-lo. Ele alcançou seu filho, abraçou-o e ajudou-o a caminhar.

A multidão, de pé, começou a aplaudir ao perceber que Derek Redmond estava participando da corrida da sua vida. O jovem corredor apoiou sua cabeça no ombro direito do pai e juntos eles percorreram o que restava da pista até a linha de chegada, sob os aplausos de incentivo da multidão de mais de 60 mil espectadores. Derek não venceu a corrida, mas naquele dia ele saiu de lá como um grande vencedor".

Dificuldades e tropeços na vida sempre existirão. Mas não podemos parar, não podemos desistir. Temos que continuar sempre buscando o nosso crescimento, nos esforçando um pouco mais a cada dia. 

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Nesta semana lemos duas Parashiót juntas, Acharei Mót e Kedoshim. Enquanto a Parashá Acharei Mót descreve os serviços feitos pelo Cohen Gadol (Sumo Sacerdote) em Yom Kipur, a Parashá Kedoshim traz várias Mitzvót "Bein Adam LeHaveiró" (entre o homem e seu semelhante), nos ensinando que, para chegarmos ao nível de sermos Kedoshim (pessoas sagradas), não podemos focar apenas no nosso relacionamento com D'us, também devemos ser muito cuidadosos no nossos relacionamento com o próximo.
 
Na Parashá Acharei Mót, no meio da descrição de algumas Mitzvót, a Torá nos traz um mandamento genérico: "E cumpram Minhas Leis, e guardem Meus Estatutos, para andar neles, Eu sou Hashem teu D'us" (Vayikrá 18:4). O que significa a expressão "andar" em relação às Mitzvót? E o que esta expressão acrescenta neste comando genérico de cumprir as Mitzvót da Torá?
 
Explica o Rav Avraham Shmuel Binyamin (Eslováquia, 1815 - 1872), mais conhecido como Ktav Sofer, que muitas vezes podemos aprender o verdadeiro significado de uma palavra estudando o seu oposto. Neste caso, o oposto de "andar" seria "ficar parado", que em hebraico é "omed". Em muitas situações o Tanach utiliza esta expressão em relação aos anjos, como em uma das visões do profeta Yeshayahu: "Os Serafim (tipo de anjo) estavam parados ("omdim") sobre ele" (Yeshaiahu 6:2). Mas qual é o sentido da Torá dizer que os anjos estavam "parados"? Segundo o Ktav Sofer, esta expressão é utilizada para ensinar que os anjos se mantêm estacionados em seu nível espiritual, isto é, eles não têm conexão com o conceito de "crescimento espiritual". Apesar de terem sido criados em um nível espiritual muito elevado, eles não crescem mais. Já a linguagem "andar" foi utilizada em relação ao ser humano, para ensinar sobre a sua possibilidade de crescer e melhorar continuamente seu nível espiritual através de seu esforço, evitando permanecer espiritualmente parado.
 
O mesmo conceito é utilizado pelo Ktav Sofer nas palavras iniciais da Parashá Bechukotai: "Se vocês andarem nos Meus Estatutos, e guardarem as Minhas Mitzvót, e as cumprirem" (Vayikrá 26:3). A expressão "andarem nos Meus Estatutos" significa que não é suficiente manter as Mitzvót todos os dias exatamente no mesmo nível em que as cumprimos nos dias anteriores, ao contrário, devemos constantemente crescer em nosso nível espiritual, cumprindo cada uma das Mitzvót de uma maneira melhor e mais louvável a cada dia.
 
Das palavras do Ktav Sofer aprendemos dois conceitos muito importantes. Em primeiro lugar, que não é suficiente nos acomodarmos na vida, achando que ao cumprir algumas Mitzvót já fazemos tudo o que é necessário no nosso trabalho espiritual. A Torá ressalta que devemos estar constantemente nos esforçando para continuar crescendo, não apenas acrescentando Mitzvót que ainda não cumprimos, mas tentando sempre melhorar ainda mais as Mitzvót que já cumprimos. Um segundo ponto interessante é perceber que, se a Torá repetidamente utiliza a linguagem de "parado" em relação aos anjos, isto significa que permanecer parado não é uma opção para os seres humanos. A Torá explicitamente nos comandou a "andar nas Mitzvót", isto é, a continuar crescendo sempre, pois apenas os anjos conseguem permanecer estacionados em sua espiritualidade sem cair para trás. Já os seres humanos, que não têm esta característica, caso não estejam crescendo, automaticamente estão caindo espiritualmente.
 
Este conceito também pode ser visto em uma interessante Halachá (Lei Judaica). A Torá nos ensina que em relação ao Mizbeach (Altar de Sacrifícios) há um pequeno detalhe construtivo, como está escrito: "Você não deve subir no Meu Mizbeach através de degraus" (Shemot 20:23). Como o Mizbeach tinha cerca de um metro e meio de altura, então os Cohanim subiam nele através de uma rampa. Explica o Rav Motty Berger que o final do versículo traz um motivo explícito para esta proibição de subir no Mizbeach através de degraus, que está relacionado com o conceito de "Tzniut" (recato). Porém, há outro incrível ensinamento por trás desta proibição. Quando uma pessoa está subindo uma rampa íngreme, se ela não faz nenhum esforço, a inclinação da rampa faz com que ela naturalmente caia para trás. O esforço precisa ser grande não apenas para subir, mas até mesmo para ficar parado no mesmo lugar. Já em uma escada, quando a pessoa está subindo, é possível ficar parada em um dos degraus sem o risco de cair para trás, pois a superfície onde ela está pisando é plana. Portanto, a proibição de utilizar degraus no Mizbeach nos ensina que, quando estamos fazendo o nosso Serviço Divino, não podemos ficar parados, pois nossa subida espiritual não ocorre como alguém que sobe em uma escada, e sim como alguém que sobe em uma rampa.
 
Mas por que uma pessoa que não faz esforços ativos para se manter espiritualmente acaba caindo, ao invés de ficar parada no mesmo nível? Pois o nosso Yetzer Hará (má inclinação) está o tempo inteiro nos puxando espiritualmente para baixo. Se a pessoa não aplica uma força ativa para crescer, então ela automaticamente cai, pois o Yetzer Hará a puxa para baixo e não há nenhuma força contrária para mantê-la estável. Já os anjos, que não têm Yetzer Hará, podem se manter constantes mesmo sem precisar de nenhum tipo de esforço.
 
Mas não é fácil colocar este conceito tão importante no coração. Uma das grandes dificuldades é que olhamos para pessoas que não demonstram estar fazendo nenhum esforço ativo para crescer, e mesmo assim parece que elas estão se mantendo no mesmo lugar, elas não demonstram estar se deteriorando espiritualmente. Mas a verdade é que o nosso Yetzer Hará nos derruba com sabedoria, de maneira que não conseguimos perceber. Ele vai atacando devagarzinho a pessoa, fazendo-a gradualmente se enfraquecer no cumprimento das Mitzvót. O processo é tão sutil que dificilmente é percebido pelos que estão observando-a de fora. Normalmente nem mesmo a própria pessoa está realmente consciente de seu processo lento de declínio espiritual. Ela fica tranquila, pensando que está estável, mas a verdade é que sem esforços a pessoa vai dando ao Yetzer Hará pequenos avanços que, somados, se tornam grandes derrotas.
 
Outra forma do Yetzer Hará nos atacar é através da força do costume. Quando uma pessoa não se esforça para melhorar em áreas onde ela ainda tem alguma deficiência, ela vai caindo cada vez mais na armadilha do hábito. E quanto mais uma pessoa repete um mau hábito, mais vai se tornando difícil se separar deste comportamento errado. Cada transgressão cria uma pequena "linha" que nos conecta um pouco mais aos maus hábitos. Aquela frágil linha, que em um primeiro instante poderia ser facilmente rompida, vai se acumulando até tornar-se uma corda grossa, muito difícil de ser arrebentada.
 
D'us poderia ter criado o mundo da maneira que quisesse. Portanto, tudo o que Ele criou é necessário, e tem como um de seus propósitos nos ensinar como funcionam as regras do mundo espiritual. Por exemplo, uma das coisas que D'us criou foi a força da gravidade. O que podemos aprender com a força da gravidade? Que o tempo inteiro estamos sendo puxados "para baixo". Mesmo ficar parado de pé exige esforço. Para saltarmos é necessário um esforço ainda maior. D'us nos dá, através da força da gravidade, um exemplo de que estamos o tempo inteiro sendo espiritualmente puxados para baixo. Sem nenhum esforço, acabamos no chão, sem nenhuma espiritualidade. Mesmo para nos mantermos parados de pé é necessário continuamente nos esforçar. E para subir precisamos utilizar ainda mais energia.
 
Aprendemos deste conceito da Parashá o quanto é fundamental nos esforçarmos ativamente para continuar crescendo espiritualmente, e que não existe para o ser humano a possibilidade de ficar parado constantemente no mesmo nível espiritual. Este ensinamento é ainda mais importante nesta época do ano. Passamos pela festa de Pessach, que representa a força de renovação do povo judeu, e estamos agora nos dias da Contagem do Omer, que fazem a conexão entre a saída do Egito e o recebimento da Torá no Monte Sinai. Da mesma forma que nestes dias o povo judeu cresceu, do pior nível de impureza até o nível de estarem prontos para receber a Torá, assim também temos a enorme oportunidade de crescer, nestes dias tão propícios, em todas as áreas espirituais. O mais importante é nunca desistir, apesar das dificuldades que surgem no nosso caminho, e continuar "andando nas Mitzvót", para conseguirmos vencer a corrida da vida.

SHABAT SHALOM

Rav Efraim Birbojm

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sexta-feira, 24 de abril de 2015

CRESCENDO COM AS DIFICULDADES - SHABAT SHALOM M@IL - PARASHIÓT TAZRIA E METZORÁ 5775

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CRESCENDO COM AS DIFICULDADES - PARASHIÓT TAZRIA E METZORÁ 5775 (24 de abril de 2015)

"Depois de um dia de caminhada pela floresta, um sábio retornava para sua casa, seguindo por uma longa estrada. De repente, escutou um fraco gemido vindo de trás de uma árvore. Foi verificar e descobriu um homem caído, pálido e com uma grande mancha de sangue ao seu lado. Ele tinha sido ferido e já estava quase inconsciente. Com muita dificuldade, o sábio carregou-o até sua casa e tratou do ferimento. Uma semana depois, já curado, o homem contou que havia sido assaltado e que, ao reagir, fora ferido por uma faca. Disse também que conhecia seu agressor, e que não descansaria enquanto não se vingasse dele. Quando estava pronto para partir, o homem disse ao sábio:
 
- Agradeço muito por você ter salvado a minha vida. Mas preciso partir, pois quero encontrar aquele que me atacou, e garanto que vou fazer com que ele sinta a mesma dor que eu senti.
 
- Vá e faça o que você deseja - respondeu o sábio, olhando fixamente para o homem - Entretanto, devo informar que você me deve três mil moedas de ouro, como pagamento pelo tratamento que eu lhe fiz.
 
O homem ficou assustado. Explicou que era um simples trabalhador, que não tinha como pagar aquele valor tão alto. Ao escutar aquelas palavras, o sábio olhou com serenidade para aquele homem e disse:
 
- Se você não pode pagar pelo bem que recebeu, com que direito quer cobrar o mal que lhe fizeram? Antes de cobrar alguma coisa, procure saber quanto você deve. Não faça cobrança pelas coisas ruins que acontecem em sua vida, pois a vida pode lhe cobrar tudo de bom que ela lhe ofereceu".
 
Quando passamos por sofrimentos, ao invés de gastar nossas energias reclamando ou procurando culpados, o principal é buscarmos formas de crescer e aprender com as dificuldades.

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Nesta semana lemos duas Parashiót juntas, Tazria e Metzorá. O ponto em comum das duas Parashiót é que elas falam sobre as diversas formas de "Negaim", manchas que apareciam na pele, nas roupas e nas paredes das casas das pessoas, e eram manifestações físicas de uma doença espiritual chamada "Tzaráat". Explicam os nossos sábios que desde a destruição do Beit Hamikdash (Templo Sagrado) as leis que envolvem os "Negaim" não se aplicam mais. Então por que estas Parashiót são relevantes para nós? Quais lições podemos aprender de uma doença espiritual com manifestações físicas que já não se aplicam aos nossos dias?
 
Explica o Sefer HaChinuch (Mitzvá 169) que toda a impureza que atingia uma pessoa que estava com Tzaráat era consequência de algumas transgressões específicas que a pessoa havia cometido, entre elas o Lashon Hará (denegrir o próximo, causando sofrimento, danos físicos ou psicológicos). Portanto, o sofrimento da Tzaráat não era uma coincidência, vinha diretamente de D'us e era direcionado para aquele que havia transgredido. A pessoa contaminada com a Tzaráat precisava passar por um doloroso processo de isolamento, durante o qual ela poderia aproveitar a oportunidade para refletir sobre o seu comportamento e reconhecer seu erro. Em outras palavras, a conduta correta e ideal de alguém que era atingido pelos sofrimentos dos "Negaim" era refletir e consertar seu erro, que era a verdadeira causa dos sofrimentos.
 
Apesar de não termos mais o sofrimento dos "Negaim", esta lição da Parashá é sempre atual, pois somos afligidos com vários outros tipos de sofrimentos e dificuldades em nossas vidas. Podem ser doenças, problemas no trabalho, falta de dinheiro e falta de Shalom Bait (paz na família). Os "Negaim" nos transmitem a mensagem de que os sofrimentos não são uma coincidência, ao contrário, são uma forma de D'us se comunicar conosco.
 
Isto fica ainda mais claro quando a Parashá ensina sobre um tipo específico de "Negaim" chamado "Netek", que atacava a cabeça e a barba das pessoas, como está escrito: "Um homem ou uma mulher que tiverem neles uma "Nega" (mancha), em seu couro cabeludo ou em sua barba" (Vayikrá 13:29). A pessoa contaminada com o "Netek" passava por uma semana de isolamento e depois era novamente examinada pelo Cohen. Se a mancha não tivesse se espalhado, então a área em torno dela deveria ser raspada. A Torá acrescenta um detalhe muito interessante: havia uma proibição de raspar o local que estava contaminado com o "Netek".
 
O Sefer HaChinuch (Mitzvá 170) explica que esta proibição da Torá de raspar o local da contaminação do "Netek" traz uma mensagem profunda. A Torá está nos ensinando que devemos aceitar os sofrimentos e dificuldades que D'us nos manda. Não devemos "dar um coice" nos sofrimentos, nem pensar que temos a habilidade de simplesmente anulá-los e escondê-los das pessoas. Por que esta mensagem é tão importante para nós? Pois a tendência natural do ser humano é se comportar de maneira equivocada em relação aos sofrimentos. Há dois comportamentos equivocados, que são simbolizadas pela transgressão de raspar o local do "Netek". Em primeiro lugar, temos a tendência de "dar um coice" em D'us por causa dos sofrimentos que nos atingem, questionando a Justiça Divina. A famosa pergunta "Por que justamente comigo?" é uma demonstração de que não aceitamos a vontade de D'us e não confiamos na perfeição da Sua Justiça. E mesmo que a pessoa não culpe D'us, ela pode ainda escorregar em outro tipo de erro: a tentativa de remover os sofrimentos sem aprender a verdadeira lição que aquele sofrimento trouxe consigo. Muitas vezes a pessoa se preocupa com o que os outros vão pensar, e acaba focando mais em esconder dos outros seus sofrimentos do que na real oportunidade de crescimento. A proibição de raspar o lugar onde havia o "Netek" nos ensina que não devemos "enfiar a cabeça na terra" quando passamos por alguma dificuldade, ao contrário, devemos nos esforçar para crescer com esta dificuldade.
 
Mas qual a forma de encontrar, através dos sofrimentos, o erro que cometemos? Na época do Beit Hamikdash era mais fácil, pois quando a pessoa tinha Tzaráat, ela já sabia quais transgressões poderiam estar associadas. Mas como nós podemos, através dos nossos sofrimentos, descobrir o que é necessário consertar? Como saber que tipo de mensagem D'us está nos transmitindo através de cada sofrimento que passamos na vida?
 
Nas épocas em que havia profecia, os profetas podiam nos transmitir com segurança até mesmo quais eram os detalhes que necessitavam de algum tipo de conserto. Atualmente é impossível ter certeza absoluta de qual o erro necessita ser consertado através apenas da reflexão. Mas nossos sábios explicam que D'us nos dá sempre uma dica do que é necessário trabalhar. Os sofrimentos que D'us nos manda em geral são "Midá Kenegued Midá" (Medida por medida), isto é, a forma como somos castigados é um "lembrete" de D'us sobre o erro que cometemos. O Talmud (Sotá 9b) traz alguns exemplos desta regra espiritual. Shimshon (Sansão) transgrediu com seus olhos, e foi punido através da cegueira, causada pelos seus maiores inimigos, os Plishtim. Avshalom, filho de David HaMelech, sentia muito orgulho de seu cabelo, e justamente seu cabelo foi a causa de sua morte, pois ficou enroscado nos galhos de uma árvore e possibilitou que ele fosse alcançado e morto pelos seus perseguidores. Por isso é recomendado que as pessoas procurem sempre a causa que pode estar de alguma maneira conectada com o sofrimento que ela está passando. Por exemplo, alguém que está com dor de dente deve procurar que tipo de erro ela pode estar cometendo na área da fala, pois é muito provável que exista alguma conexão entre a dor de dente e algum mau uso da fala. Porém, mais importante do que adivinhar exatamente qual é a transgressão "correta" que devemos consertar é o fato de estarmos procurando o que consertar. Por exemplo, se naquele caso em que a pessoa estava com dor de dente por causa das mentiras que estava falando, mas equivocadamente começa a se cuidar mais para não falar Lashon Hará, ela alcançou o principal propósito dos sofrimentos, que é tentar crescer com eles.
 
Explica o Rav Yehonasan Gefen que nosso Yetzer Hará (má-inclinação) nos induz a errar até mesmo em áreas que parecem ser "kasher". Por exemplo, muitas pessoas acabam procurando "Segulót" (práticas que tentam trazer sucesso em certas áreas) para acabar com dores e sofrimentos. Mas será que isto não vai contra a lição transmitida pelo Sefer HaChinuch, de que não devemos nos esforçar meramente para anular nossos sofrimentos, sem nenhum reflexão e busca de nossos erros? Até a prática de pedir Brachót (Bençãos) a grandes rabinos da geração também deve ser utilizada com muito cuidado, sempre sem esquecer de que o principal objetivo de um sofrimento é nos fazer crescer. As "Segulót" e Brachót são condutas corretas sempre que vêm acompanhadas de reflexão e tentativas de corrigir eventuais erros associados ao sofrimento pelo qual estamos passando.
 
Esta é a lição dos "Negaim": os sofrimentos não são coincidência e D'us não erra Seus cálculos. Se estamos passando por alguma dificuldade, devemos olhar como uma oportunidade de crescimento e uma chance de consertar algo que estávamos errando. Pode não ser simples passar o obstáculo, mas é o momento de desenvolver um potencial que ainda não havíamos atingido.  
 
SHABAT SHALOM
 
Rav Efraim Birbojm

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