sexta-feira, 2 de agosto de 2019

RECONHECENDO AS BONDADES RECEBIDAS - SHABAT SHALOM M@IL - PARASHIÓT MATÓT E MASSEI 5779

BS"D
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PARASHIÓT MATOT E MASSEI 5779:
   
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RECONHECENDO AS BONDADES RECEBIDAS - PARASHIÓT MATÓT E MASSEI 5779 (02/agosto/2019)


"O Rav Elazar Menachem Man Shach zt"l (Lituânia, 1899 - Israel, 2001) foi um dos maiores rabinos de sua geração. Ele se destacou muito, não apenas pelo seu vasto conhecimento de Torá, mas em especial por seu refinamento de caráter. Mas nem todos conhecem uma incrível curiosidade sobre ele: de onde veio o nome "Man", que não fazia parte do nome que ele recebeu originalmente dos seus pais?

Quando o Rav Shach era garoto, um dia ele estava brincando na rua quando passou um homem arrastando um enorme carrinho. Quando o homem viu o pequeno menino desatentamente brincando na rua, pegou-o, jogou-o no carrinho e tentou sequestra-lo. Uma mulher que passava por ali viu a cena e começou a gritar por socorro. Rapidamente muitas mulheres saíram das suas casas e vieram, furiosas, para cima daquele homem. Assustado, ele tirou a criança do carrinho, jogou-a no chão e fugiu.
 
Muitos anos se passaram e agora aquele garoto havia se tornado um famoso professor de uma Yeshivá. Certo dia, a cozinheira da Yeshivá aproximou-se do Rav Shach e disse:

- Sabe que eu conheço a história de quando você era bem pequeno e quase foi sequestrado? Na verdade, escutei diretamente da boca da mulher que te salvou. Ela é minha vizinha.

Quando escutou aquilo, os olhos do Rav Shach brilharam. Ele pediu o endereço da mulher e foi correndo para agradecer àquela senhora que, com sua coragem, havia salvado sua vida. A senhora ficou muito feliz quando ele se apresentou como sendo o Elazar Menachem Shach, pois sabia que ele era o garotinho que ela havia salvado muitos anos antes. O Rav Shach então, muito emocionado, falou para ela:

- Minha senhora, eu gostaria muito de agradecer e dar o verdadeiro reconhecimento que a senhora merece por ter salvado a minha vida. Porém, eu não tenho nada para oferecer. Infelizmente não tenho dinheiro para comprar o presente que a senhora merece.

A mulher recusou qualquer tipo de recompensa. Porém, o Rav Shach insistiu e perguntou qual era o nome dela. Ela respondeu que era Sara. O Rav Shach perguntou qual era o sobrenome e ela respondeu que era Man. O Rav Shach disse:

- A partir de hoje, o meu nome vai ser Elazar Menachem Man Shach, para que eu me lembre, até o último dia da minha vida, da pessoa que me salvou."

Nem sempre nós temos como retribuir às pessoas que nos fazem bondades. Por exemplo, como agradecer a alguém que salvou nossa vida? Porém, uma coisa é certa: o maior reconhecimento é nunca mais esquecermos as bondades que recebemos dos outros
.

Nesta semana lemos duas Parashiót juntas, Matót e Massei. A Parashat Matót traz, entre outros assuntos, a ordem de D'us ao povo judeu para que fizessem uma "guerra de vingança" contra o povo de Midian. Porém, o povo judeu travou muitas batalhas contra os povos que viviam no entorno de Israel. Por que justamente esta guerra foi chamada de "guerra de vingança"?

Lemos há algumas semanas, na Parashat Balak, que o povo de Midian havia causado um enorme tropeço espiritual ao povo judeu, ao levar muitos homens do povo ao pecado de imoralidade e idolatria. Esta armadilha espiritual orquestrada por Midian resultou na morte trágica de vinte e quatro mil judeus. D'us então instruiu Moshé a liderar o exército na guerra de vingança contra os Midianim, como está escrito: "E disse D'us para Moshé: Tome a vingança dos Filhos de Israel contra Midian" (Bamidbar 31:1,2). Porém, na continuação da Parashát, vemos que Moshé aparentemente não cumpriu o que D'us havia lhe ordenado, pois ele delegou a Pinchás a responsabilidade de guerrear contra Midian, ao invés de liderar pessoalmente esta guerra. Por outro lado, não há nenhum registro na Torá de um possível castigo aplicado a Moshé por sua aparente rebeldia contra as ordens Divinas. Afinal, Moshé fez algo errado ou não?
 
Explica o Midrash (parte da Torá Oral) que, através do ato de Moshé, podemos aprender o importante princípio do Akarat HaTov (reconhecer as bondades recebidas): "Em um poço do qual você bebeu água, não jogue uma pedra". Moshé havia buscado refúgio em Midian quando fugiu do Faraó, após ter matado um capataz egípcio para salvar a vida de um escravo judeu que estava sendo impiedosamente açoitado. Tendo sido beneficiado pela hospitalidade de Midian, que salvou sua vida, teria sido inadequado para Moshé liderar os esforços de guerra para exterminá-los. Foi por isto que Moshé nomeou Pinchás como o líder da guerra de vingança.

Porém, este mesmo conceito já havia sido ensinado na Parashat Vaeirá, quando D'us ordenou a Moshé que entregasse a Aharon a tarefa de iniciar a primeira praga no Egito, transformando a água do rio Nilo em sangue, como está escrito: "Disse D'us a Moshé: 'Fale a Aharon: 'Pegue o seu cajado e estenda a sua mão sobre as águas do Egito'" (Shemot 7:19). Citando um Midrash, Rashi explica que, pelo fato do Rio Nilo ter protegido Moshé quando ele era um bebê, teria sido uma demonstração de ingratidão ele golpear o rio com o seu cajado para dar início à praga. Este é, portanto, mais um exemplo de "em um poço do qual você bebeu água, não jogue uma pedra". Mas por que a Torá repetiu o princípio de Akarat HaTov na nossa Parashat, se este princípio já havia sido ensinado anteriormente?

Além disso, há outra diferença entre os dois eventos. Na Parashat Vaeirá, D'us instruiu explicitamente Moshé a demonstrar esta sensibilidade e não golpear pessoalmente a água. Porém, na Parashat desta semana, D'us ordenou a Moshé que pessoalmente atacasse Midian e, se não fosse pela iniciativa própria de Moshé, esta sensibilidade não teria sido demonstrada. Por que esta diferença, se o princípio é o mesmo nos dois casos? D'us não se preocupou com a demonstração de Akarat Hatov de Moshé na guerra contra Midian?
 
Explica o Rav Yohanan Zweig que a resposta está em um detalhe sutil na ordem que D'us deu a Moshé quando ordenou que ele guerreasse com Midian. No versículo, D'us explicitou o motivo pelo qual os Midianin deveriam ser atacados: "Você deve afligir os Midianim, e você deve golpeá-los. Pois eles te afligem com as conspirações que eles tramaram contra você" (Bamidbar 25:17,18). É interessante perceber que está escrito "te afligem" e não "te afligiram", isto é, o verbo está no presente, não no passado, implicando em uma ameaça atual e ainda presente. Se o ataque contra os Midianim fosse resultado deles terem causado com que os judeus fizessem idolatria, a guerra contra Midian teria sido apenas um ataque de caráter punitivo e o versículo estaria no passado. Portanto, se o versículo está no presente, isto significa que a guerra contra Midian foi um ataque preventivo, para garantir que Midian não continuariam oferecendo mais nenhum perigo espiritual ao povo judeu. Portanto, a guerra contra Midian foi um ataque para garantir a segurança do povo judeu. Em tais condições, D'us não exigiu de Moshé que ele demonstrasse sensibilidade em relação aos agressores. Foi uma escolha de Moshé, em um ato "Lifnim Mishurat HaDin" (mais do que era esperado dele), de se abster de ser um instrumento de castigo à nação que havia salvado sua vida.
 
Por outro lado, a instrução de D'us para trazer as pragas sobre o povo egípcio era de natureza puramente punitiva, pois os judeus já não se encontravam mais em perigo. Sob estas circunstâncias, D'us instruiu Moshé a entregar ao seu irmão, Aharon, a tarefa de dar início à primeira praga, como um sinal de gratidão por ter se beneficiado das águas do rio que deveriam ser golpeadas. Como não havia nenhum perigo atual, não havia motivo para Moshé pessoalmente iniciar as pragas e, por isso, ele foi ordenado por D'us a demonstrar Akarat HaTov por quem havia salvado sua vida.
 
Aprendemos desta Parashat, em especial do comportamento exemplar de Moshé, a importância do "Akarat HaTov", reconhecer as coisas boas que recebemos. Se D'us exigiu de Moshé o reconhecimento das bondades que ele havia recebido até mesmo de objetos inanimados, muito maior é a nossa obrigação de reconhecer as bondades que recebemos das pessoas. Uma das maneiras de reconhecermos as bondades recebidas é tentar, de alguma maneira, retribuir o que nos fizeram de bom. Uma da melhores formas de retribuir é reconhecendo e agradecendo de forma sincera pelo bem recebido.
 
Mas, acima de tudo, precisamos desenvolver o nosso Akarat HaTov pelas bondades que recebemos de D'us. Não temos como retribuir a D'us por tudo o Ele faz por nós. Talvez a única coisa que podemos "dar" a Ele é o nosso agradecimento e o reconhecimento diário. O Rav Shach chegou a mudar o seu nome para nunca mais esquecer uma bondade que recebeu de outra pessoa. Da mesma maneira, desde o momento em que acordamos e dizemos "Modê Ani", em uma demonstração de agradecimento por mais um dia de vida, todo o nosso dia deve estar repleto de reconhecimento e agradecimento a D'us, por todas as Suas bondades. Até mesmo quando vamos ao banheiro, agradecemos a D'us pelo funcionamento perfeito do nosso corpo. Somente reconhecendo tudo o que recebemos de bom poderemos ser verdadeiramente gratos a D'us e a todos os que nos fazem o bem.

 

SHABAT SHALOM


R' Efraim Birbojm

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