quinta-feira, 21 de outubro de 2021

INDEPENDÊNCIA OU MORTE - SHABAT SHALOM M@IL - PARASHÁ VAIERÁ 5782

Para dedicar uma edição do Shabat Shalom M@il, em comemoração de uma data festiva, no aniversário de falecimento de um parente, pela cura de um doente ou apenas por Chessed, entrar em contato através do e-mail 
efraimbirbojm@gmail.com.
 
HORÁRIO DE ACENDIMENTO DAS VELAS DE SHABAT


PARASHÁ VAIERÁ



         São Paulo: 17h54                  Rio de Janeiro: 17h41 

Belo Horizonte: 17h39                  Jerusalém: 17h23
ARQUIVO EM PDF
ARQUIVO EM PDF
BLOG
BLOG
INSCREVA-SE
INSCREVA-SE
Facebook
Facebook
Instagram
Instagram
YouTube
YouTube
Twitter
Twitter
VÍDEOS DA PARASHÁ VAIERÁ
ASSUNTOS DA PARASHÁ VAIERÁ
  • D'us visita Avraham após o Brit-Milá, aos 99 anos.
  • Os 3 Beduínos visitantes.
  • Promessa de um filho para Sara.
  • Anjos vão para Sdom.
  • Destruição de Sdom.
  • Nascimento de Amon e Moav.
  • Sequestro de Sara porAvimelech.
  • Nascimento de Itzchak.
  • 9º teste de Avraham: Expulsão de Hagar e Ishmael.
  • O Tratado de Beer Sheva.
  • 10º teste de Avraham: Akeidat Ytzchak.
  • Nascimento de Rivka.
BS"D

INDEPENDÊNCIA OU MORTE - PARASHÁ VAIERÁ 5782 (22 de outubro de 2021)

 
"Em um dia frio dia de inverno, dois mendigos estavam sentados em um banco, tremendo de frio, quando passou um senhor alto, vestindo um fino casaco de lã, luvas e cachecol. Era um homem muito rico que, com pena daqueles dois mendigos tremendo de frio, decidiu dar-lhes 100 rublos, uma quantia alta, para que comprassem casacos. Os dois agradeceram e rapidamente entraram em uma loja de roupas, onde pediram dois casacos. Porém, para a imensa decepção deles, cada casaco custava exatamente 100 rublos, o que significava que poderiam comprar apenas um casaco. Um deles logo disse: "Eu que mereço o casaco, já que você fica em casa o tempo todo, enquanto eu preciso sair na rua para trabalhar!". Mas o outro logo retrucou: "Ao contrário, você é saudável e forte, enquanto eu sou fraco e doente. Eu que mereço mais o casaco!".
 
Subindo o tom de voz e cada vez mais irritados, eles continuaram brigando, até que o homem que lhes havia doado o dinheiro escutou a gritaria, entrou na loja e perguntou o motivo de tamanho escândalo. Mas antes dos mendigos começarem a explicar o motivo da discussão, o vendedor sabiamente adiantou-se e explicou:
 
- O que acontece é que eles têm dinheiro suficiente para comprar um único casaco. Porém, o primeiro homem quer cedê-lo ao seu companheiro, argumentando que ele necessita mais, pois se expõe ao sair no frio para trabalhar. Já seu companheiro argumenta que o primeiro merece mais, por estar doente.
 
Ao escutar aquelas palavras, o homem ficou emocionado e imediatamente entregou ao vendedor outros 100 rublos, para que os dois homens pudessem comprar um casaco. Ainda de boca aberta, os mendigos perguntaram ao vendedor porque ele havia mudado os argumentos da discussão, e ele lhes respondeu:
 
- Se cada um tivesse argumentado ao doador o motivo pelo qual o outro não merece o casaco, o convenceriam de que os dois não mereciam o casaco. Porém, ao argumentar um a favor do outro, o doador se convenceu de que os dois tem razão e merecem um casaco."
 
Que possamos também sempre nos preocupar com as necessidades dos outros. Desta maneira, D'us se preocupará com as nossas necessidades.

Nesta semana lemos a Parashá Vaierá (literalmente "E apareceu"), que continua descrevendo os testes de Avraham Avinu. A Torá também ressalta o incrível nível espiritual atingido por Avraham, em especial na área de amor e preocupação com o próximo. Talvez uma das maiores demonstrações de amor ao próximo foi a "discussão" de Avraham com D'us para tentar salvar a cidade de Sdom da destruição. Mas por que D'us destruiu a cidade de Sdom? O que eles fizeram de tão grave?
 
A cidade de Sdom ficou gravada na história por sua incomparável reputação de ser habitada por pessoas totalmente más e cruéis. A maldade em Sdom havia chegado a um nível insuportável, a ponto de D'us decretar sua destruição. Não apenas eles faziam o mal, mas haviam leis proibindo as bondades, e aqueles que ousassem desrespeitar as leis eram castigados com os piores requintes de crueldade.
 
Mas como entender este comportamento dos habitantes de Sdom? Parece muito superficial dizer que os habitantes de Sdom eram simplesmente pessoas sádicas, que sentiam prazer em fazer mal aos outros. Sabemos que há pessoas com desvios psicológicos, como os psicopatas, que podem fazer maldades com uma assustadora frieza. Porém, como explicar uma cidade inteira se comportando desta maneira? Será que Sdom era uma cidade inteira de psicopatas, que não tinham sentimentos e não se importavam com a dor causada aos outros?
 
Explica o Rav Yitzchak Berkovits que, na realidade, este comportamento era o resultado de uma ideologia, que os motivou a agirem da maneira que agiram. A fim de promover suas crenças, eles instituíram todo um código de leis para impor a adesão ao seu modo de vida cruel. Mas qual era essa ideologia, que pregava a maldade, a tortura e os piores níveis de crueldade e falta de compaixão?
 
O povo de Sdom acreditava que fazer Chessed com outras pessoas constituía um ato de crueldade. Mas como fazer bondades pode ser visto como algo negativo? Eles acreditavam que, ao fornecer à outra pessoa o que ela precisava sem que ela se esforçasse e merecesse, esta seria uma maneira de acostumá-la a depender dos outros para conseguir seu sustento. E uma vez que ela se acostumasse a depender dos outros, nunca mais seria capaz de se tornar um membro independente e produtivo da sociedade. Para evitar esse estrago, eles instituíram todo um conjunto de leis e punições para impedir que o Chessed destruísse a sociedade.

Além disso, as punições não eram formas arbitrárias de causar sofrimento a quem ajudasse os outros. Eles utilizaram um senso de punição "medida por medida" pelos danos que entendiam que o doador "infligia" à "vítima" de seu Chessed. Por exemplo, o Talmud (Sanhedrin 109b) nos diz que quando uma mulher deu comida a um pobre, eles a puniram cobrindo-a com mel, para que as abelhas a picassem até a morte. Eles estavam transmitindo a mensagem de que, ao fazer Chessed, aquela mulher não estava ajudando o pobre, ao contrário, na verdade o estava destruindo, tornando-o fraco e dependente dos outros. Medida por medida, eles a puniram fazendo "Chessed" com as abelhas, colocando mel nela, sendo que o resultado desta "bondade" foi a destruição da mulher.
 
O Talmud também traz outra punição aplicada a quem fizesse Chessed. Qualquer pessoa que convidasse um estranho para comer em um casamento seria punida ficando nua em público. Qual é a conexão entre o "crime" e a punição neste caso? O povo de Sdom sentia que fazer Chessed a alguém significava tirar a dignidade da pessoa, tornando-a um "tomador". Medida por medida, eles tiravam a dignidade da pessoa removendo publicamente suas roupas.
 
D'us também puniu Sdom medida por medida por sua atitude cruel em relação ao Chessed. Rashi (França, 1040 - 1105) explica que, no início, uma chuva suave caiu sobre Sdom, e só depois ela se transformou em uma chuva de enxofre e fogo. A explicação mais simples é que D'us estava dando a eles uma última chance de se arrepender. No entanto, em um nível mais profundo, eles foram punidos por um ato de bondade que se transformou em um ato de destruição. Isso estava exatamente de acordo com o raciocínio distorcido de Sdom utilizado para punir os outros, o equívoco de que Chessed é algo destrutivo. Medida por medida, eles foram apagados do mundo por algo que começou como Chessed e terminou como destruição.
 
Os habitantes de Sdom eram tão cruéis que parece difícil extrair qualquer lição para nossa vida. É óbvio que suas leis eram extremamente cruéis e sua atitude estava completamente errada. No entanto, um aspecto de sua ideologia encontrou apoio no mundo nas últimas décadas: o conceito de que ajudar as pessoas é prejudicial porque as impede de se tornarem independentes. Esta atitude surgiu após pessoas sem emprego começarem a receber um apoio financeiro significativo dos governos. Como resultado, muitas dessas pessoas perderam o incentivo para procurar trabalho, e escolheram permanecer dependentes de outras pessoas.
 
E como a Torá vê esse aspecto da ideologia de Sdom? As leis e a filosofia judaica também enfatizam os benefícios da independência. Estas são as palavras do mais sábio de todos os homens, Shlomo HaMelech: "Quem odeia presentes viverá" (Mishlei 15:27). Isso significa que a maneira ideal de viver é não depender de presentes ou da caridade das outras pessoas. Nesse sentido, o Talmud (Pessachim 113a) diz que uma pessoa que não tem dinheiro suficiente para "caprichar" mais seu Shabat, mesmo assim deve fazer um Shabat mais simples e evitar pedir dinheiro a outras pessoas. Daqui aprendemos que, apesar da grande importância dada ao ato de honrar o Shabat com comidas gostosas, é melhor a pessoa tratar seu Shabat como um dia normal da semana do que depender dos outros. Então será que a Torá concorda que o Chessed enfraquece as pessoas?
 
A resposta é que estas fontes da Torá se concentram em como cada indivíduo deve lidar com sua própria situação pessoal. Ele deve fazer o máximo para ser autossuficiente e não depender dos outros para seu sustento. No entanto, essa atitude se limita à maneira como a pessoa vê a si mesma. A maneira como ela deve ver os outros é muito diferente. Quando se trata das necessidades de seus semelhantes, ela deve deixar de lado todo o julgamento dos motivos pelos quais eles estão em uma situação de necessidade e, ao invés disso, deve se concentrar em como pode ajudá-los.
 
Apesar dessa ênfase em ajudar as pessoas que não podem ajudar a si mesmas, é muito importante notar que, uma vez que a independência é um valor importante, a melhor maneira de ajudar uma pessoa, quando possível, é dando a ela a capacidade de se tornar independente, para que, a longo prazo, ela não dependa dos outros. Na verdade, o Rambam (Maimônides) (Espanha, 1135 - Egito, 1204) escreve que proporcionar a alguém a possibilidade de encontrar trabalho para que seja independente é a forma mais elevada de Tzedaká. No entanto, existem muitas situações tristes, de pessoas que são incapazes de se sustentar. Em tais casos, devemos fazer o possível para ajudá-las. O erro cometido pelo povo de Sdom foi esperar que todos pudessem ser bem-sucedidos caso se esforçassem. Isso não é verdade, já que muitas pessoas estão dispostas a tentar se tornar independentes, mas algumas circunstâncias tornam isso impossível. Portanto, devemos ter mais empatia. Que sejamos rigorosos em relação a nós mesmos, mas sempre muito lenientes e compreensivos com os outros.
 

SHABAT SHALOM
 

R' Efraim Birbojm

Este E-mail é dedicado à Refua Shlema (pronta recuperação) de: Chana bat Rachel, Pessach ben Sima.
--------------------------------------------
Este E-mail é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) dos meus queridos e saudosos avós, Ben Tzion (Benjamin) ben Shie Z"L e Frade (Fany) bat Efraim Z"L, que lutaram toda a vida para manter acesa a luz do judaísmo, principalmente na comunidade judaica de Santos. Que possam ter um merecido descanso eterno.
 
Este E-mail é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) dos meus queridos e saudosos avós, Meir ben Eliezer Baruch Z"L e Shandla bat Hersh Mendel Z"L, que nos inspiraram a manter e a amar o judaísmo, não apenas como uma idéia bonita, mas como algo para ser vivido no dia-a-dia. Que possam ter um merecido descanso eterno.
 
Este E-mail é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) de minha querida e saudosa tia, Léa bat Meir Z"L. Que possa ter um merecido descanso eterno.
-------------------------------------------
Este E-mail é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) de: Moussa HaCohen ben Gamilla z"l, Renée bat Pauline z"l.
--------------------------------------------

Para inscrever ou retirar nomes da lista, para indicar nomes de pessoas doentes ou Leilui Nishmat (elevação da alma), e para comentar, dar sugestões, fazer críticas ou perguntas sobre o E-mail de Shabat,favor mandar um E-mail para ravefraimbirbojm@gmail.com
 
(Observação: para Refua Shlema deve ser enviado o nome do doente e o nome da mãe. Para Leilui Nishmat, os Sefaradim devem enviar o nome do falecido e o nome da mãe, enquanto os Ashkenazim devem enviar o nome do falecido e o nome do pai).
Copyright © 2016 All rights reserved.


E-mail para contato:

efraimbirbojm@gmail.com







This email was sent to efraimbirbojm@gmail.com
why did I get this?    unsubscribe from this list    update subscription preferences
Shabat Shalom M@il · Rua Dr. Veiga Filho, 404 · Sao Paulo, MA 01229090 · Brazil

Email Marketing Powered by Mailchimp

Livre de vírus. www.avg.com.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Por favor, deixe aqui a sua pergunta ou comentário sobre o texto da Parashá da semana. Retornarei o mais rápido possível.