sexta-feira, 26 de julho de 2024

A VIRTUDE DE UM LÍDER - SHABAT SHALOM M@IL - PARASHÁ PINCHÁS 5784

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  • Ordens para atacar Midian.
  • O Novo Censo.
  • Dividindo a Terra de Israel.
  • Contagem dos Leviim.
  • As Filhas de Tselafchad.
  • Leis de Herança (incluindo as filhas).
  • D'us mostra para Moshé a Terra de Israel e manda ele se preparar para a morte.
  • Moshé pede um sucessor.
  • Yehoshua é escolhido para substituir Moshé.
  • O Sacrificio Diário (Korban Tamid).
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A VIRTUDE DE UM LÍDER - PARASHÁ PINCHÁS 5784 (25/jul/24)
 
Avraham, um jovem aluno de uma Yeshivá de Jerusalém, estava extremamente preocupado. Por causa de suas más atitudes, ele corria o risco de ser expulso. O Rosh Yeshivá havia dado uma última chance para que ele mudasse seus atos, mas, com base em seu histórico, não demoraria muito para que ele fizesse algo sério o suficiente para justificar sua expulsão. Ele procurou o Mashguiach da Yeshivá em busca de um conselho:
 
- Rav, eu realmente quero estar na Yeshivá. Eu gosto daqui, gosto dos estudos, gosto dos meus amigos. Porém, não tenho absolutamente nenhum autocontrole. Sei que não conseguirei cumprir as regras, pois é como se houvesse alguém dentro de mim que constantemente me empurrasse para fazer coisas que eu sei que não deveria fazer. Meus dias aqui estão contados. O que eu faço?
 
O Mashguiach, percebendo o sofrimento e a sinceridade do rapaz, deu-lhe um importante conselho de vida:
 
- Não é possível mudarmos da noite para o dia. Porém, é possível mudarmos aos poucos. Você deve começar escolhendo algo pequeno para se trabalhar, não necessariamente relacionado às regras da Yeshivá. Por exemplo, tente parar de estalar os nós dos dedos. É algo pequeno, mas você verá que esse pequeno ato de se abster de fazer algo que você deseja dará à sua alma a sensação de como é exercer o autocontrole. Sem perceber, com o tempo você estará experimentando um tipo diferente de liberdade. Não do tipo "Posso fazer o que quiser, quando quiser", mas o empoderamento que vem de dizer "Estou no controle, não vou me deixar ser vítima de atos autodestrutivos que me fazem sentir bem momentaneamente, mas que acabam me destruindo no longo prazo".
 
Avraham agradeceu o conselho. Não foi um caminho fácil, mas ele se esforçou. Apesar de alguns tropeços, o Rosh Yeshivá percebeu o esforço do rapaz. Finalmente Avraham concluiu seus estudos na Yeshivá, casou-se com uma boa moça e construiu uma linda família. E tudo começou com deixar de estalar os nós dos dedos..."
 
Pequenas atitudes de autocontrole podem mudar nossa vida. É a forma de tirarmos o Yetser Hará do controle das nossas vidas. São as pequenas atitudes que vão nos levar às grandes conquistas na vida.

Nesta semana lemos a Parashá Pinchás, que fala sobre a nova contagem do povo judeu, as leis de herança e a escolha de um sucessor para Moshé, que havia recebido o decreto de não entrar na Terra de Israel. E assim D'us respondeu a Moshé quando foi questionado sobre quem cuidaria do povo judeu após o seu falecimento: "Pegue para você Yehoshua bin Nun, um homem que tem um espírito dentro de si" (Bamidbar 27:18). Mas o que significa o atributo de "ter um espírito dentro de si"? E qual é a relação entre este atributo e o cargo de liderança?
 
Explica o Rav Yossef Yozel Horowitz zt"l (Lituânia, 1847 - Ucrânia, 1919), mais conhecido como Alter MiNovardok, que para esclarecer o assunto é necessário antes de tudo entender qual é a essência do papel de um líder. Em toda sociedade existe uma grande diversidade de pessoas, que diferem entre si em suas naturezas e traços de caráter. Nossos sábios ensinam que assim como não existem dois rostos iguais, também não existem formas de pensar iguais. Por isso, as pessoas também diferem nos tipos de problemas que as incomoda e nas soluções necessárias. Portanto, um líder, cujo trabalho é resolver os problemas dos seus seguidores e aliviá-los da sua angústia, deve ter um amplo entendimento, para conseguir compreender o espírito de cada um. Para isso ele deve ser um homem de muitos talentos, para conseguir ajudar cada pessoa exatamente no que ela necessita.
 
O líder deve ter, portanto, duas qualidades principais: uma é a capacidade de conhecer as pessoas de uma forma profunda e fundamental. A segunda é a sabedoria e o entendimento para resolver as dificuldades de cada pessoa de acordo com o que ela precisa. Moshé pediu a D'us alguém assim: "Que Hashem, o D'us dos espíritos, aponte um homem sobre a congregação" (Bamidbar 27:16). Não foi à toa que Moshé se referiu a D'us com este título. Sua intenção era dizer que D'us, que conhece verdadeiramente o espírito de cada pessoa, era o único que saberia encontrar um homem que pudesse compreender as deficiências e os consertos necessários do seu povo.
 
O que D'us respondeu a Moshé? "Pegue para você Yehoshua bin Nun, um homem que tem um espírito dentro de si". D'us estava informando a Moshé a característica principal de um líder: antes de tudo ele deve ter o espírito de ser líder sobre si mesmo. Sendo seu espírito forte o suficiente para controlar sua natureza e seus traços de caráter, bem como resolver todas as suas questões de acordo com a visão verdadeira, sem se desviar com as influências negativas do mundo, ele também pode liderar o público e proporcionar-lhes uma educação de acordo com a verdade.
 
Aqui D'us estava revelando um grande segredo. Tudo depende da nossa capacidade de autocontrole. Se uma pessoa não tem constância e não tem controle sobre si mesma, e todo interesse a desvia das decisões equilibradas, como poderá conduzir uma comunidade? Quando ele tiver contato com muitas pessoas, se confundirá e acabará bajulando, manipulando e se desviando de acordo com seus próprios interesses pessoais.
 
É por isso que D'us escolheu Yehoshua bin Nun, alguém que conseguia dominar seu espírito. Qual era a ocupação de Yehoshua? Ele arrumava os bancos do centro de estudos de Moshé. Isto significa que ele conseguia se ocupar com qualquer atividade necessária para o bem comum, sem se importar com a sua honra. Foi por isso que D'us o escolheu como líder, pois ele havia demonstrado que conseguiria cumprir sua tarefa de forma plena.
 
Podemos perceber este conceito observando os grandes rabinos que estiveram em postos de liderança do povo judeu em diferentes gerações. Um dos maiores líderes do povo judeu das gerações passadas foi, sem sombra de dúvidas, o Rav Yerucham Leibovitz zt"l (Bielorússia, 1873 - 1936), o famoso Mashguiach da Yeshivá de Mir. Entre os alunos, ele era visto como um modelo de vida, sempre firme e decisivo em todos os assuntos, individuais e coletivos, que eram trazidos diante dele. Um dos seus alunos mais proeminentes, o Rav Shlomo Wolbe zt"l (Alemanha, 1914 - Israel, 2005), escreveu que mesmo depois de muitos anos após ter saído da Yeshivá ele ainda desejava reviver a imagem que havia guardado do Mashguiach, que apenas de olhar para os alunos já conseguia ajudá-los a se levantarem das quedas espirituais que haviam sofrido com o decorrer dos meses de estudo. Todos os seus ensinamentos saíam do fundo da sua alma. A santidade de sua alma e seu coração puro foram as fontes das quais ele extraiu e fez brotar a maioria dos seus ensinamentos.
 
No entanto, como o Rav Yerucham conseguiu chegar a este nível de santidade? Suas anotações, guardadas como tesouro pelos seus filhos, trazem a resposta. Assim ele escreveu em seu caderno de Kabalót para Yom Kipur: "Refleti e percebi que eu não estou sob o meu próprio controle, estou sob controle dos outros, pois é o materialismo que me controla. Não apenas isso, mas o materialismo também suborna meu intelecto, para enganá-lo com suas palavras tortas, com o único objetivo de afastar o homem do que é verdadeiramente bom. Portanto, recebo sobre mim, Bli Neder, fazer com que o meu intelecto tenha domínio sobre mim, e talvez D'us me ajude. E, por isso, recebo sobre mim, Bli Neder, fazer cinco vezes por dia coisas que vão contra a minha vontade. Como penalidade, se eu perder um único dia, darei dez kupkes (moeda antiga)".
 
Este foi seu principal direcionamento na vida. É interessante perceber que ele adquiriu seu amplo conhecimento espiritual indo sempre contra seus desejos naturais. E, a partir disso, ele chegou ao seu grande princípio, de que o propósito da criação do ser humano é se doar ao próximo. Sua bondade, sempre no limite de suas forças, era testemunhada em todas as situações, nas quais ele simplesmente entregava a vida por este objetivo. Faltaria papel para descrever toda a devoção aos seus alunos e seus atos de bondade com todos os que o procuravam. E com essa mesma dedicação ele abordava cada Mitzvá e as cumpria sem deixar para trás nenhum detalhe, mesmo quando seu estado de saúde exigia que ele fosse mais leniente consigo mesmo.
 
Ele mencionava um interessante ensinamento do Talmud (Makot 23b). Foram entregues a Moshé 613 Mitzvót, sendo 365 Mitzvót negativas, correspondendo aos 365 dias do ano, e 248 Mitzvót positivas, correspondendo aos 248 membros do corpo. O Talmud está nos ensinando que as Mitzvót são direcionadas a todos os dias do ano e a todos os membros do corpo. Somente assim, aproveitando todos os dias do ano e utilizando todos os membros do nosso corpo para fazer o bem, poderemos chegar à plenitude, santificação e pureza. E o Rav Yerucham se dedicou nestas duas áreas de forma incansável. Em relação a aproveitar todos os dias, ele mantinha um caderno no qual escrevia todos os detalhes do seu dia: que horas havia se levantado, quantos tempo havia levado para se vestir, quanto tempo havia tomado banho, e assim por diante, desde o despertar até a hora de dormir. E, em relação aos membros do corpo, é incrível o quanto ele conseguiu santificar seu corpo. Era percebido por todos os que entravam no seu Beit Midrash que todos os seus movimentos eram calculados, até o ponto de não haver movimentos desnecessários nele. Enquanto estava sentado na Yeshivá com seu Chavruta, durante cinco horas consecutivas ele não levantava os olhos do livro. Pelas ruas de Mir, ele caminhava com a cabeça baixa, preso em seus pensamentos, sem virar a cabeça para os lados.
 
Verdadeiros líderes são construídos com autocontrole. Não nas grandes atitudes e nos grandes desafios da vida, mas nos pequenos detalhes, nas pequenas decisões, nas atitudes mais simples. Através do autocontrole, mesmo que não sejamos grandes líderes do povo judeu, que possamos ao menos ser grandes líderes sobre nós mesmos.

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quinta-feira, 18 de julho de 2024

MALDIÇÕES DISFARÇADAS DE BRACHÓT - SHABAT SHALOM M@IL - PARASHÁ BALAK 5784

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ASSUNTOS DA PARASHÁ BALAK
  • Balak, rei de Moav, contrata Bilaam
  • Bilaam pede permissão a D'us.
  • Mula de Bilaam e o anjo no caminho.
  • 3 tentativas de amaldiçoar o povo judeu convertidas em 3 Brachót.
  • A transgressão do povo judeu com as mulheres de Midian.
  • A transgressão pública de Zimri (Shimon) e Kosbi (Midian)
  • O zelo de Pinchás (Levi).
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MALDIÇÕES DISFARÇADAS DE BRACHÓT - PARASHÁ BALAK 5784 (19/jul/24)
 
No dia 25 de dezembro de 2002, Jack Whittaker acordou com o que seria talvez o maior presente que alguém poderia receber. Whittaker ganhou a loteria Powerball, um prêmio de incríveis US$ 315 milhões. A família de Whittaker tornou-se celebridade do dia para a noite. Jewel, a esposa de Whittaker, e sua neta Brandi, apareceram em oito programas de televisão. Mas enquanto Whittaker comemorava sua boa sorte, ele não sabia que estava embarcando em uma jornada que o levaria a tragédias e à perda de tudo o que ele mais amava.
 
Para um homem que não começou com muito, a experiência foi avassaladora. Whittaker cresceu muito pobre. Em sua infância ele nunca teve luxos e sua família nunca teve um carro. Só compraram uma televisão depois de muitos anos. Ele tinha a melhor das intenções, e realmente queria compartilhar sua boa sorte e ajudar as pessoas. Ele queria levar comida para as pessoas necessitadas e fornecer roupas para crianças carentes. Em poucos meses, Whittaker estava cumprindo sua promessa. Ele entregou mais de US$ 15 milhões para caridade. Porém, a onda inicial de publicidade fez com que ele fosse assediado por pedidos de ajuda. Eram tantas cartas que sua funcionária passava 10 horas por dia apenas abrindo envelopes. Em qualquer lugar que ele fosse, pedintes apareceriam. Se fosse a um jogo de basquete, mais de 150 pessoas ficavam à sua volta pedindo dinheiro.
 
Antes de Whittaker ganhar na loteria, ele havia desfrutado anos de tranquilidade em sua empresa, com poucas reclamações. Menos de um ano depois de ganhar na loteria, as coisas começaram a mudar. Whittaker gastou pelo menos US$ 3 milhões evitando processos judiciais. Foram mais de 400 ações judiciais contra ele ou suas empresas. Com tantos problemas, Whittaker começou a beber muito para se consolar. À noite, circulava pelos bares locais, jogando dinheiro por onde passava. Certa vez, estacionou seu carro em uma garagem e entrou em um bar para pegar uma bebida. Lá, foi drogado e sua pasta foi roubada. Os ladrões levaram mais de 2 milhões. O dinheiro foi recuperado, mas o homem mais sortudo dos Estados Unidos ficou sem amigos, completamente sozinho. Parecia que todos só queriam uma parte de seu dinheiro. Sua única companhia verdadeira era sua neta.
 
Whittaker comprou e decorou uma casa para Brandi e sua mãe. Ele também dava a Brandi cerca de US$ 2 mil por semana e comprou para ela quatro carros novos. Brandi tinha apenas 17 anos na época. Os carros e o dinheiro de Brandi começaram a atrair a atenção de "pessoas más", inclusive traficantes de drogas. Logo Brandi começou a usar drogas. Whittaker tentou repetidamente ajudá-la e a enviou para vários programas de tratamento, mas ela não conseguia se livrar do vício. Quase dois anos depois, Brandi desapareceu. Após uma busca frenética de duas semanas, ela foi encontrada morta. Whittaker acredita que a vitória na Powerball se tornou uma maldição para sua família. Whittaker dizia em suas entrevistas:
 
- Minha esposa gostaria de ter rasgado o bilhete. Bem, eu também gostaria de ter rasgado o bilhete. Estou arrependido de ter ganhado na loteria. Desde que ganhei na loteria, não tenho mais controle da minha vida. Hoje eu sei que a família é o que temos de mais importante. É o que nos faz felizes de verdade. Não sei onde isso vai terminar, mas eu não gosto deste Jack Whittaker, com um coração duro. Não gosto do que me tornei."
 
Às vezes, o que parece ser uma grande Brachá é, na realidade, uma maldição disfarçada.

Nesta semana lemos a Parashá Balak. O povo judeu se aproximava de sua triunfal entrada na Terra de Israel. Após as vitórias esmagadoras do povo judeu contra os reis Óg e Sichon, o rei de Moav, chamado Balak, ficou com medo e contratou o maior feiticeiro de todos os tempos, Bilaam, para amaldiçoar o povo judeu. Como Bilaam era um profeta, D'us apareceu a ele de noite e o instruiu: "Não vá com eles; não amaldiçoe a nação, porque ela é abençoada" (Bamidbar 22:12). Rashi completa os detalhes desta conversa. D'us disse a Bilaam: "Não vá com eles", e Bilaam respondeu: "Se não posso ir, deixe-me amaldiçoá-los daqui". D'us então falou de forma mais explícita a Bilaam: "Não amaldiçoe esta nação". Bilaam então respondeu: "Se não posso amaldiçoá-los, deixe-me abençoá-los". D'us finalmente respondeu: "Eles não precisam de suas bênçãos, porque já são abençoados".
 
Este comentário de Rashi soa um pouco estranho. Nossos sábios dizem que Bilaam era uma pessoa extremamente má e egoísta, sem tinha nenhum amor pelos judeus, ao contrário, ele os odiava. Então, o que significa que Bilaam pediu a D'us para abençoar o povo judeu? E por que D'us negou? Qual era o problema da Brachá de Bilaam?
 
Explica o Rav Yssocher Frand que realmente a intenção de Bilaam era de natureza malévola. Existem duas maneiras de destruir o povo judeu. É possível amaldiçoá-los, para que sejam afligidos por todos os tipos de problemas, doenças, pobreza e opressão. Mas há outra maneira de destruir o povo judeu: sobrecarregado-o de riqueza e fartura. A abundância também se constitui um difícil desafio para a nação. As riquezas podem representar um terrível desafio espiritual. Nossos sábios ensinam que o "teste da riqueza" é mais difícil de lidar do que o "teste da pobreza". O que Bilaam queria exatamente causar ao povo judeu com esta "Brachá"?
 
Explica o Rav Avraham Twersky zt"l (EUA, 1930 - 2021) que a resposta está na observação do mundo atualmente. Nossa geração é talvez a mais materialista da história da humanidade, onde o principal objetivo das pessoas é obter prazer. Há cerca de 70 anos o ar-condicionado ainda não existia. Não havia celulares, micro-ondas, vídeos, internet ou fast-foods. As pessoas trabalhavam duro, do amanhecer ao anoitecer, seis dias por semana. Somos os beneficiários de verdadeiros milagres médicos, científicos e tecnológicos. Porém, na prática, a vida naquela época não era materialista. A quantidade de dificuldades não permitia uma visão materialista da vida. Com as comodidades e conveniências de hoje, muitas pessoas passaram a ver o objetivo da vida como a obtenção do máximo prazer.
 
Isso também afetou de forma significativa a comunidade judaica. A preparação das refeições era uma tarefa árdua. O frango precisava ser levado ao Shochet, limpo e salgado, processo que levava quase duas horas. Nada estava pronto para ir à panela. Não havia alimentos congelados, comida kasher italiana e nem sushi kasher. Em Pessach, só havia carne e batata. Não havia água com gás, nem refrigerante. Hoje, tudo é mais fácil e prático.
 
Não há nada de errado em desfrutar dos bens do mundo material. No entanto, o que aconteceu no mundo moderno é que o prazer foi equiparado à felicidade e se tornou o objetivo da vida. Qualquer pessoa que sente que não obteve o prazer que merecia sente-se enganada, e algumas pessoas, especialmente os jovens, recorrem às drogas para encontrar felicidade. Não devemos perder de vista o fato de que o objetivo da vida é espiritual, não físico. Os bens materiais desfrutados de forma a canalizar para o lado espiritual, como uma mesa farta de Shabat, dão primazia ao espírito. Entregar-se ao prazer como um fim por si só, mesmo o prazer permissível e "kasher", é uma corrupção da forma judaica de viver a vida.
 
Isso é parcialmente responsável pelo número sem precedentes de casamentos fracassados, com pelo menos um dos cônjuges sentindo que o relacionamento não está proporcionando a gratificação que desejam. Embora o casamento deva ser de fato uma fonte de gratificação mútua, a base e o objetivo do casamento devem ser espirituais. E como os jovens imitam os adultos, aumenta cada vez mais o número de jovens que procuram o álcool e as drogas, em busca do prazer na vida ao qual sentem que têm direito. E tanto jovens quanto adultos caem na armadilha do vício em internet, seja navegando, jogando ou se entregando às imagens indevidas.
 
Quando Adam e Chavá estavam no Gan Éden e pecaram, a Torá relata a maldição que D'us deu para a cobra: "Sobre o teu ventre rastejarás e pó comerás, todos os dias da tua vida" (Bereshit 3:14). Mas que tipo de maldição é esta? Não seria conveniente se pudéssemos viver de pó? A poeira está em toda parte, então a mesa da cobra está sempre cheia, não importa aonde ela vá. Por outro lado, a grande maioria da humanidade ganha seu pão diário com dificuldade. Muitas famílias são pobres, crianças passam fome e não sabem de onde virá a próxima refeição. Como seria conveniente se pudéssemos viver de pó! Onde está a maldição?
 
Responde o Rav Simcha Bunim de Psischa zt"l (Polônia, 1765 - 1827) que justamente pelo fato de o nosso sustento não estar garantido, estamos sempre pedindo ajuda a D'us. Isso cria uma conexão muito forte com D'us, algo que a cobra nunca terá. Ela não precisa de nada e, por isso, nunca pede nada a D'us. Isso é verdadeiramente uma maldição. Um homem pobre está sempre ciente desta Brachá. Já para o homem rico, que também é tão abençoado, é um pouco mais difícil saber isso. O desafio da riqueza é que a pessoa deve sempre ter isso em mente e voltar-se para a D'us todos os dias em busca de ajuda e orientação.
 
Esta foi a intenção de Bilaam. Ele não pretendia fazer bem aos judeus, ele queria destruir os judeus. Ele disse a D'us: "Deixe-me abençoá-los". O que ele iria pedir? Que eles tivessem muita fartura. O resultado disso seria que eles não seriam capazes de lidar com este "teste de riqueza", se autodestruiriam espiritualmente e se afastariam de D'us. Mas D'us respondeu: "Obrigado, não quero. Eles não precisam da sua bênção, pois já são abençoados".
 
A nossa maior Brachá é a Torá, que nos ensina a usar o material da forma correta, dando um sabor especial e uma nova perspectiva à espiritualidade. Além da observância das Mitzvót, que nos dão autocontrole, devemos investir no nosso auto aprimoramento. Não precisamos nos proibir dos prazeres permitidos, mas devemos ter cuidado para que eles não se tornem nossa principal motivação. Se não fizermos isso, podemos ser apanhados na "esteira materialista" da sociedade, correndo de prazer em prazer sem nunca chegar a um objetivo.

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